É melhor viajar com ou sem reservas? É melhor comprar passagens, hospedagens, ingressos e passeios antes de embarcar, ou ir decidindo o que fazer pelo caminho??? Aqui é papo reto: não existe uma resposta certa! Há prós e contras em ambas as modalidades, e você deve optar pelo que se encaixar mais no seu perfil de viajante ou no seu momento. Às vezes, você gosta de viajar sem planos ou amarras, mas está com orçamento apertado demais para isso.
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Às vezes, gosta de planejar tudo com antecedência, mas está viajando com mais pessoas e precisa deixar o roteiro livre para que todos possam aproveitar. O que podemos fazer é detalhar alguns dos problemas e vantagens de um e outro para te ajudar a decidir se vai viajar com ou sem reservas. Primeiro, vamos falar das viagens com reservas. Você pode fazer isso de duas formas: por conta própria ou com a ajuda de uma agência de viagens.
Viajar com ou sem reservas? – COM!
Gigantes do setor, como a CVC e a Decolar, têm lojas em cada esquina do país ou vendem pacotes online em que você pode escolher a classe do voo, o hotel em que vai ficar e ainda pagar em um milhão de parcelas no cartão de crédito. Pacotes são ideais para quem não gosta de ter o trabalho de passar horas pesquisando na internet para fazer suas próprias reservas, encontrar o transporte que se encaixe no seu horário, o hotel melhor localizado, descobrir como se vai do aeroporto até a cidade, onde trocar dinheiro, quais os pontos turísticos que não se pode perder.
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Além disso, podem ser uma boa pedida para quem não gosta de viajar sozinho ou não tem facilidade para se comunicar em outras línguas. A grande desvantagem de viajar com uma agência é que o roteiro dos pacotes é pré-determinado pela empresa e você será obrigado a ir para as cidades escolhidas por ela, pelo número de dias listado por ela, na hora e minuto decididos por ela. Tirando algumas manhãs ou tardes livres, não existe nenhuma flexibilidade. É claro que esse não é o caso dos cada vez mais populares roteiros personalizados.
Nessa modalidade, você não viaja em uma excursão, e sim sozinho (ou com seus acompanhantes), sendo que a agência monta o roteiro conforme a sua vontade, providencia todas as reservas e disponibiliza alguém no local para lhe receber, orientar e resolver eventuais problemas. De qualquer forma, sua trajetória de viagem continuará engessada, pois as reservas terão sido feitas antes de você sair do Brasil. Além disso, viajar por agência, seja com a galera ou sozinho, é mais caro do que viajar por conta própria na grande maioria das vezes.
Economia de dinheiro
A outra forma de viajar com reservas é fazendo você mesmo o planejamento, pesquisa e compra das passagens, hospedagens, ingressos e passeios antes de embarcar. A primeira vantagem nesse caso é, de longe, a economia de dinheiro. Como boa parte dos gastos da viagem já terá sido feito antes de embarcar, você não corre o risco de perder o controle do orçamento das férias. E, sabendo exatamente quanto tempo você vai passar em cada cidade ou país, é possível fazer um cálculo do quanto ainda se poderá gastar a cada dia.
Além disso, você tem flexibilidade para fazer suas compras em um momento em que a cotação do dólar esteja mais favorável. Por fim, é sempre mais barato fazer suas reservas de viagem com antecedência de entre três a seis meses antes do embarque. Você até pode perder promoções que ocorram nesse período, mas é algo que não se pode prever e, se elas não ocorrerem, com certeza você vai pagar muito mais na véspera das férias.
Fila e lotação
Aqui também entra a segunda vantagem da reserva antecipada: você escapa da lotação e garante que haverá lugar para viajar no dia e horário planejados, para ficar no hotel escolhido, para fazer o tour pretendido, para entrar no ponto turístico há muito sonhado. Se você quiser dormir dentro do parque do Grand Canyon, onde há apenas cinco hotéis, precisa fazer sua reserva três meses antes da data de chegada.
Também há passeios e atrações que é melhor reservar com antecedência para não correr o risco de não haver lugar, principalmente se a sua viagem for na alta temporada ou se forem lugares com número de entradas limitada por dia ou horário. São exemplos o tour ao rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas), o Palácio Dolmabahçe (Istambul, Turquia), o Capitólio de Washington (EUA), o Empire State de Nova York (EUA), o Castelo de Neuschwanstein (Schwangau, Alemanha), o sítio arqueológico de Machu Picchu e a Trilha Inca (Peru).
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Esta última precisa ser reservada com seis meses de antecedência! Vale lembrar também que reservar o ingressos de atrações turísticas com antecedência pode evitar a perda de horas preciosas de viagem enfrentando filas quilométricas em frente a bilheterias, às vezes debaixo de um sol de rachar ou de uma chuva gelada. É claro que o ingresso corta-fila nem sempre é o mais barato, mas, dependendo do tempo que você dispõe para suas férias e de tudo que planeja conhecer, pode ser um bom investimento.
São bons exemplos de lugares onde você vai perder uma média de 45 minutos na fila a Torre Eiffel (Paris, França), a Galeria Uffizi (Florença, Itália), o Coliseu (Roma, Itália), o Palácio de Versailles (Paris, França), o Castelo de Neuschwanstein (Schwangau, Alemanha), a Hagia Sofia (Istambul, Turquia) etc etc etc.
Roteiro engessado
A grande desvantagem de viajar com tudo reservado é que você estará preso ao planejamento que fez antes de sair do Brasil, com dia e hora marcados para se deslocar, chegar e sair da hospedagem, fazer os tours ou visitar atrações. Será complicado ou mesmo impossível fazer grandes mudanças no roteiro. Se algo der errado, como descobrir que escolheu um hotel ruim, ter um voo cancelado ou ficar impedido de passear por uma tempestade/furacão/nevasca, não haverá como modificar todas as reservas subsequentes para recuperar o tempo perdido.
Da mesma forma, não será possível estender sua estadia em um lugar que você tenha gostado muito ou reduzir em um que tenha lhe decepcionado, pois você já terá tudo comprado para seguir para o próximo destino. Mas ter um roteiro fechado antes de sair do Brasil pode ajudar quem vai viajar sozinho – principalmente mulheres – ou para lugares onde onde a questão da segurança seja uma preocupação, como a Índia ou o Egito.
Você poderá deixar uma cópia do seu itinerário com uma pessoa de confiança, assim como os endereços e telefones de todos os lugares onde irá ficar. Se algo lhe acontecer ou você deixar de entrar em contato por qualquer motivo, essa pessoa saberá exatamente onde você deveria estar naquele momento da viagem e poderá tentar lhe contatar. Nunca é agradável pensar que esse tipo de coisa possa acontecer, mas é melhor prevenir do que remediar.
Viajar com ou sem reservas? – SEM!
Por fim, vamos falar de quem viaja sem reservas, livre, leve e solto. A grande e óbvia vantagem de quem embarca sem comprar nada com antecedência – às vezes nem a passagem de volta – é que você pode fazer o que quiser, quando quiser e ficar quanto tempo quiser em cada lugar – dentro do seu limite de tempo e dinheiro, é claro. Você pode pensar em ficar em Paris apenas cinco dias, mas se apaixonar pela Cidade Luz e permanecer 10.
Ou ter planejado três dias de visita ao Cairo, mas descobrir que pode conhecer todos os pontos turísticos em dois e cair fora daquela cidade caótica 24 horas mais cedo. E não haverá problema se desabar uma tempestade, furacão ou nevasca, pois você terá tempo para esperar passar e reestruturar seu roteiro de forma a minimizar as perdas de passeios.
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Por outro lado, toda essa flexibilidade pode elevar seu orçamento de viagem, pois você terá que estar preparado para passar mais tempo em um lugar caro, quando achava que já estaria em uma cidade ou país baratos. Prepare-se também para pagar mais pelas compras de viagem feitas com pouca ou nenhuma antecedência. Embora você sempre tenha a chance de aproveitar promoções de última hora, os preços são mais salgados na véspera da viagem do que alguns meses antes na grande maioria das vezes.
Além disso, você terá reservar tempo para fazer pesquisas e compras durante a viagem, em vez de antes. Serão algumas horas perdidas no celular ou batendo perna para pesquisar preços de tours, comprar passagens na rodoviária ou encontrar lugar onde se hospedar. E é preciso estar preparado para que os melhores hotéis, pousadas ou albergues estejam lotados quando você chegar lá sem reserva, especialmente se a viagem for feita na alta temporada.
5 comentários
Tenho uma dúvida, no momento da entrada na Europa não precisamos ter todas as reservas em, mãos?
Pretendo ficar alguns dias na Alemanha,tipo sem destino, é possível? ou terei problemas na imigração?
Olá, Roderval!
Sim, para entrar na Europa é preciso ter suas reservas todas em mãos. Pode ser que a imigração peça, pode ser que não. Mas teoricamente é necessário. Faça reservas de hotéis com cancelamento gratuito e tenha a passagem de saída da Europa já comprada, isso deve ser o suficiente (além do restante da documentação requerida, como comprovação de renda e seguro saúde, é claro). Depois que passar pela imigração, é só cancelar os hotéis e você poderá passear livremente.
Um abraço,
Tici&Marquinhos
Olaa, sao muito boas suas consideracoes, mas nao achei a abordagem que eu queria. Veja: eu gosto de programar a viagem, tempo em cada lugar e reservar atracoes principais. Sobre os hoteis, reservo tudo com opcao de cancelamento gratuito e pago com cartao ou dinheiro no checkin. Porem, desta vez, vou para a Africa do Sul com familiares e eles querem ir com a viagem toda paga. Ja compramos os voos internos e alugamos os carros, mas quero convence-los de que os hoteis poderiam ser pagos la. Quais argumentos vc usaria?? Grata!!
Olá, Cristina!
Eu diria para eles que, se deixarem tudo reservado, ficarão presos. Não há opção de ficar mais tempo em um lugar que vocês gostaram, nem de ir embora mais cedo de um lugar que não era tão interessante assim, ou que levaram menos tempo do que o previsto para conhecer. Te dou como exemplo nossa viagem à Índia: durou 12 dias, mas no nono já tínhamos visto tudo e estávamos loucos para ir embora porque não gostamos nada do país. Mas a gente não podia, porque estava tudo pago e reservado e iríamos perder um bom dinheiro. Outro: fiquei muito doente no Egito e não queria ir embora me tratar porque estávamos com tudo reservado e, novamente, perderíamos um bom dinheiro. Espero que ajude na sua negociação, hehe.
Um abraço,
Tici&Marquinhos
Eu considero que o ideal é fazer a viagem “na medida” pra aproveitar os prós e contras das duas partes. Por exemplo, quando eu viajo eu nunca escolho agência, pq concordo que vc tem q seguir um roteiro determinado por eles e nem sempre aquilo q vc quer… sem falar que pra mim, a parte de planejar também é divertida e interessante. Outro fator é a economia.
Mas eu também não vou completamente livre e largado, pq isso também tona a viagem cara, e pra quem vai visitar países onde o idioma e a escrita são completamente diferente da nossa, (e quase ninguém fala inglês) pode perder tempo precioso da viagem quebrando a cabeça ou talvez até pode ficar sem aproveitar as melhores coisas da cidade por não tanta informação sobre o destino. Enfim, eu procuro reservar as coisas mais básicas (q me deixam menos engessado) e deixo outras coisas mais livres..geralmentea as coisas q não aumentam tanto de preço,como ingressos…
Agora passagens, hospedagens é bom fazer uma reserva… Lembro-me de uma vez q tinha resrevado todos os hostels do meu mochilão, excceto em uma cidade na croácia..quando cheguei lá era um feriado e eu subia e descia morro, batia na porta dos hotels e ninguém atendia kkkk, foi surreal. Na última tentativa acabei pagando caro por um apartamento e pa já estava cansado e louco pra tomar banho e descansar.