Se você perguntar a alguém de 20 e poucos anos (ou menos), qual é a sua ‘wish list’ de viagens, verá aparecerem apenas lugares exóticos e inusitados como Camboja, Namíbia, Botsuana, Mongólia, Palau… É difícil encontrar nas novas gerações quem suspire por conhecer a França, sonhe em passar a lua de mel em Veneza, queira desfilar pela Quinta Avenida de Nova York ou relaxar nas praias do Caribe. As dificuldades de viajar a qualquer canto do mundo, mesmo a países politicamente fechados como Cuba ou a Coreia do Norte, se reduziram de tal forma que ir a Roma nem é considerado mais ‘viajar’. Os novos turistas – conhecidos como ‘geração Paris é chata’ – não querem saber de viagens clássicas.
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Em dados concretos, Paris – maior clichê entre todos os destinos de viagem clichês – é a quinta cidade mais visitada do mundo, tendo recebido 15,5 milhões de turistas em 2023 segundo dados da pesquisa anual divulgada pela empresa Euromonitor International. Londres ficou em terceiro, com 19,2 milhões de viajantes. Nova York é a oitava, com 12,7 milhões, e Roma a 14ª, com 9,3 milhões. Para se ter uma ideia da monstruosa quantidade de gente que isso representa, toda a população da cidade de São Paulo é de 11,45 milhões, segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE). Será que todas essas pessoas se enganaram ao escolher o lugar onde passar suas férias?
Ir a lugares que poucas pessoas visitam, longínquos, de cultura e religiões completamente diferentes dos seus é ótimo, claro. Alguns fazem isso em busca de experiências transformadoras, outros pela curiosidade do novo e diferente, alguns para fugir das multidões de turistas e outros porque aquele é o destino da ‘moda’, como hoje é o caso dos mochilões pelo sudeste asiático. Mas viajar para onde todo mundo vai – ou já foi -, não deve ser desvalorizado. Pelo contrário, basta parar para pensar alguns segundos para perceber que essa multidão de pessoas que embarca para Paris todos os anos foi motivada por algo muito forte, algo que não existe em outros lugares do mundo. As viagens clássicas se tornaram clássicas porque são incríveis!
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Você não suporta aquele batalhão de fotógrafos orientais se acotovelando na frente da Monalisa? O Louvre, e Paris, tem muito mais a oferecer! Contemple o idealismo da Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix, e deixe escorrer uma lágrima diante da beleza de Psique Reanimada pelo Beijo do Amor, de Canova. Não aguenta as numerosas famílias americanas fazendo algazarra nos resorts de Punta Cana e Cancún? Procure as pousadas sobre os penhascos de Curaçao, as praias intocadas de Cuba (enquanto é tempo) ou as ilhas desconhecidas, como Turks e Caicos. Pouca gente havia ouvido falar delas até que – surpresa! – uma de suas praias, Grace Bay, foi eleita a mais linda do mundo pelo Travelers’ Choice, prêmio do site de viagens TripAdvisor.
Se irrita com as longas filas para comer nos restaurantes famosos de Roma? Compre um pedaço de pizza e uma garrafa de prosecco, sente na beira de uma fonte e fique ouvindo a água murmurar milhares de anos de história nos seus ouvidos. Detesta o consumismo da maioria dos turistas em Nova York? Lembre que a ‘Big Apple’ também é lar de alguns dos maiores museus e parques do mundo! E o pôr do sol visto do alto do Top of the Rock é um daqueles que todo viajante deveria ter no seu álbum de fotos… É assim que você faz uma trip que pareceria ‘feijão com arroz’ virar ‘champanhe e caviar’. Não depende da viagem, seja ela lugar comum ou totalmente inusitada, mas do viajante. Vá ao Camboja, Namíbia ou Palau, mas não deixe de conhecer Paris, Barcelona ou Veneza. Veja 12 viagens clássicas que nunca saem de moda:
Viagens clássicas que nunca saem de moda 1 – Lisboa (Portugal)
Lisboa não está nem perto de ser a cidade mais legal de visitar em Portugal, mas com certeza é um excelente cartão de visitas deste país que é todo um lugar incrível para viajar. Embora a poluição e a superlotação de turistas tirem um pouco do brilho da capital e maior cidade portuguesa, não são motivo para excluí-la da sua lista de lugares clássicos para ver antes de morrer. É impossível não gostar de passear pela ampla Rua Augusta, coração do centro histórico, mesmo tendo que driblar vendedores de maconha e multidões de outros viajantes. Também nessa região ficam a bela Praça do Rossio, o Elevador de Santa Justa, a Praça do Comércio e as margens do Rio Tejo, que pedem um passeio ao pôr do sol embalado pelo excelente vinho português. E olhe que estamos falando apenas das atrações da Baixa!
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Ainda há outros bairros para visitar, como o tradicionalíssimo Alfama, com suas ruelas e edifícios antigos e que abriga a Igreja de Santo Antônio original. Subindo a colina a bordo de um bonde elétrico que parece ter saído de um livro de história, você chega ao Castelo de São Jorge, de onde se pode descortinar Lisboa por inteiro. Mais distante, o bairro de Belém encanta com sua famosa torre, o Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão do Descobrimento e a disputada loja dos Pastéis de Belém. E é claro que tudo termina na boemia do Bairro Alto, onde quem não bebe pode degustar a deliciosa culinária portuguesa em qualquer um dos dezenas de restaurantes que se multiplicam pelas ruazinhas minúsculas e animadas. E quem gosta de uma noitada pode se estender até altas horas pulando de bar em bar. Lisboa é uma festa!
Viagens clássicas que nunca saem de moda 2 – Buenos Aires (Argentina)
Acha tango um espetáculo de dança brega demais? E está cansado de ouvir todas as suas tias dizerem que amaram Buenos Aires simplesmente porque não conhecem outro lugar? As duas coisas podem ser verdade, mas nenhuma delas deve tirar a sua vontade de fazer uma viagem à capital argentina. Buenos Aires tem também muita história, gastronomia, diversão e charme para oferecer aos turistas. Se não quiser encontrar multidões de brasileiros circulando pelas ruas, tente evitar visitá-la em um de nossos feriados nacionais ou nos períodos de épocas escolares. E se não gosta de tango, troque as caras casas de shows por um espetáculo gratuito, de dançarinos de rua, apenas para ter essa experiência e poder dizer com propriedade se é ruim ou bom. Mas Buenos Aires vai além da música chorosa de Carlos Gardel…
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Não deixe de circular pelo charmoso centro histórico da cidade, com seus parques e avenidas amplas que renderam o apelido de ‘Paris da América Latina’. Ali também estão o imponente Obelisco, a movimentada Calle Florida, o imponente Teatro Colón, a Casa Rosada e a Plaza de Mayo, onde as mães de desaparecidos durante a ditadura seguem fazendo seu protesto semanal. Imperdível também são os bairro da Recoleta, onde fica o popular cemitério do mesmo nome; La Boca, onde fica o famoso estádio La Bombonera; o super colorido Caminito, uma rua-museu dedicada aos artistas; e Puerto Madero, região revitalizada à beira do Rio da Prata. E tudo termina em San Telmo, o bairro boêmio, onde há cafés históricos para comer um bom bife de chorizo e bares para curtir a noite embalada pelo excelente vinho argentino. Gostou? Confira aqui o guia de viagem completo de Buenos Aires.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 3 – Roma (Itália)
É uma cidade que pode irritar muito quem chega lá despreparado para o que vai encontrar. São longas filas nas atrações turísticas e restaurantes famosos, transporte público ineficiente, atendimento impaciente e preços nas alturas. Qual o motivo de visitar um lugar desses então? Basicamente, estamos falando da ‘Cidade Eterna’, lar de algumas das construções mais belas e famosas da Humanidade, como o Coliseu, a Fontana di Trevi, a Basílica de São Pedro etc etc etc. Sem falar na unânime cozinha italiana, no charme das praças, no murmúrio das inúmeras fontes, das obras de arte…
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Drible as multidões comprando ingressos corta-fila pela internet e viajando em meses de baixíssima temporada, como abril e outubro. Evite o mês de agosto até a morte. Vá a parques e igrejas menos conhecidos, mas não menos belos, como o Giardino degli Aranci ou a Basílica de São Giovanni in Laterano. Fuja dos restaurantes do centro e vá comer no bucólico bairro de Trastevere, do outro lado do rio. Ou fuja dos garçons impacientes e dos preços abusivos comendo pizza na mão e bebendo uma garrafa de prosecco sentado em qualquer uma das maravilhosas praças de Roma!
Viagens clássicas que nunca saem de moda 4 – Berlim (Alemanha)
A capital da Alemanha não conta sua história – e há muita – com eloquência ou grandiosidade. A cidade foi completamente destruída nos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, por isso não guarda grandes marcos arquitetônicos ou aquela beleza antiga que nos acostumamos a ver nas capitais europeias. Não há uma Torre Eiffel ou um Big Ben que faça nosso coração turístico bater mais rápido logo de cara. O único símbolo da era pré-Hitler que restou em pé se tornou justamente o coração da cidade – o Portão de Brandemburgo.
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Então, porque Berlim se tornou uma das ‘viagens clássicas’? A capital alemã conquistou seu espaço no hall da fama do turismo pela sua qualidade de vida, grande diversidade, boa comida, cerveja melhor ainda e, talvez, por ter sido uma cidade quase impossível de se visitar durante muito tempo. Reconstruída, revitalizada, cheia de pontos turísticos que foram palco da história recente, como o Muro de Berlim, a capital alemã atrai desde visitantes interessados nas tristezas das guerras – as Mundiais e a Fria – até bandos de jovens em busca das alegrias dos bares e baladas cosmopolitas regados a uma das melhores cervejas do mundo.
Em uma tarde de verão, um passeio pago sobre o III Reich sai com mais de 20 participantes, e um ‘pub crowl’ – tour que vai a vários bares famosos em uma noite – com mais de 100! Para evitar essas multidões, basta não ir à cidade durante os meses de verão europeu (junho, julho e agosto). Além disso, Berlim tem um ótimo custo-benefício se comparada às concorrentes do circuito turístico europeu e você pode visitá-la com menos preocupações financeiras do que se fosse a Paris ou Roma.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 5 – Santorini (Grécia)
Já se foi o tempo em que a lua de mel dos sonhos de qualquer casal se passava em uma piscina de borda infinita de um hotel de luxo na beira dos penhascos de Oía. Cansados das multidões e dos preços extorsivos da mais famosa das ilhas da Grécia, os viajantes mais jovens têm se desviado para ‘novos’ destinos, como Naxos e Ios. Mas Santorini não atrai multidões à toa. Estamos falando de vilarejos de casinhas brancas – hoje, na maioria, hotéis e pousadas – e igrejas de cúpulas azuis encarapitados no alto do que era a cratera de um vulcão há milhões de anos.
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O mar subiu e encheu a cratera, formando o que hoje é conhecido como ‘caldeira’ e um cenário bastante único, difícil de ver mesmo em qualquer outra das centenas de ilhas gregas. Por isso, se quiser economizar em Santorini, vá para o lado das praias, que é o oposto da caldeira. Se hospede, faça compras e refeições por lá que você vai pagar muito menos. Uma opção meio termo é a cidade de Fira, a capital, que tem vista para a caldeira a preços menos extorsivos que Oía, além de uma boa variedade de lancherias e restaurantes.
Alugue um quadriciclo, scooter ou carro para percorrer as belezas da ilha e ir e voltar de Oía quantas vezes quiser. Não há dúvidas de que este vilarejo é o canto mais charmoso de Santorini e ver o pôr do sol lá é algo que todo viajante deveria ter no ‘currículo’. Mas jantar, almoçar ou mesmo biritar por lá com vista para a caldeira pode abrir um rombo no seu orçamento. Se não quiser abrir mão daquele fim de tarde mágico, com um brinde ao pôr do sol, compre uma garrafa de vinho local – sim, Santorini tem muitas vinícolas – e sente em qualquer mureta sobre os penhascos de Fira. O romantismo é o mesmo, o sol desce nas águas da mesma forma, mas você gasta 5 euros, em vez de 50.
Já driblar as multidões não é algo fácil em Santorini. Mesmo em junho, quando as férias escolares mal começaram no Hemisfério Norte, já é preciso chegar com uma hora de antecedência para conseguir lugar no espetáculo do entardecer de Oía. A única saída é visitar a ilha longe dos meses de calor, o que pode não tornar a experiência tão agradável em um lugar onde venta demais e a temperatura não consegue subir muito. Mas fica a dica: a baixíssima temporada na Europa ocorre nos meses de março/abril e outubro/novembro.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 6 – Nova York (EUA)
Para muita gente, a ‘Big Apple’ pode parecer uma cidade grande, cinza, cara e onde – em paradoxo – a palavra mágica é ‘shopping’! Características que causam urticária em quem viaja em busca de cultura, diversidade e novas experiências. E Nova York é sim uma cidade grande, cinza e cheia de lojas com letreiros de neon ofuscantes. Mas é também uma cidade cheia de museus, arquitetura histórica e parques prazerosos. Drible as multidões comprando ingressos corta-fila pela internet e viajando em meses de baixíssima temporada, como abril e outubro. Evite a época do Natal e Ano Novo até a morte. Corte custos se hospedando fora de Manhattan e fazendo uso da enorme rede de metrôs da cidade.
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Assim, você não vai conhecer só a parte turística, mas como se vive o dia a dia no Brooklin ou Jamaica. Esqueça as lojas de departamentos de oito andares e os restaurantes famosos. Admire a beleza do centenário Grand Central Terminal, compre cupcakes na Magnolia do subsolo, passe em frente à Public Library e vá comer nas cadeirinhas verdes do Bryant Park. Esqueça as baladas VIP e passe sua noite de sexta com Van Gogh e Picasso no MOMA. Não vá à Times Square para fazer compras, mas para comer um cachorro-quente enquanto observa todas as aquelas luzes e a multidão infinita – de todas as partes do mundo – que passa pela rua que nunca dorme. Uma experiência cultural e tanto!
Viagens clássicas que nunca saem de moda 7 – Londres (Reino Unido)
Esta aí uma cidade onde você pode fazer turismo tranquilamente por 10 dias sem se cansar! Gigante em história como Paris e em diversidade como a Alemanha, a terra da rainha reúne o melhor de dois mundos. Há palácios – antigos ou de fato habitados por uma família real -, igrejas com centenas de anos, a Torre de Londres, a Ponte de Londres, museus e parques às pencas, praças, monumentos, mercados de comida, pubs com pints de cerveja para todos os gostos, estádios de futebol e Windsor, a casa da rainha, está logo ao lado. Até os meios de transporte são pontos turísticos na capital da Inglaterra, famosa pelos ‘black cabs’ (táxis negros), ônibus vermelhos de dois andares e pela mais antiga e uma das maiores redes de metrô do mundo.
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O problema de passar tanto tempo zanzando pelas maravilhas de Londres é que ela é uma cidade muito cara, especialmente para quem tem uma moeda desvalorizada como o real. Para economizar na capital da Inglaterra, deixe os pubs apenas para a cerveja, invista nas comidas prontas dos supermercados e faça como os londrinos, que saem do trabalho com suas marmitas para comer na rua, de preferência com vista para o Tâmisa. Hospede-se fora do burburinho central, pague menos e veja como as pessoas realmente vivem em Londres (só garanta estar perto e uma linha de metrô). Uma boa opção é nos arredores da Estação de King’s Cross.
Abuse dos parques e museus, pois são quase todos gratuitos, e dose bem as atrações pagas, pois os preços são altos. Embora os meses mais secos e com possibilidade de se ver o sol – coisa rara em Londres – sejam os de verão, é também esses que você deve evitar se quiser fugir das multidões, principalmente de turistas orientais com suas câmeras gigantes e bastões de ‘selfie’ para todo lado. As semanas do Natal e Ano Novo também costumam ser muito procuradas por visitantes. Setembro é uma excelente alternativa, pois o frio e os dias completamente cinzas ainda não voltaram com força total, mas os turistas já (para suas casas).
Viagens clássicas que nunca saem de moda 8 – Caribe
Antes sinônimo de paraíso com seu ‘mar de sete cores’, hoje esta região da América Central espanta muitos turistas que buscam praias de paz e sossego. Alguns dos destinos mais famosos do Caribe, como Cancún (México), Aruba, República Dominicana e Bahamas, foram tomados por mega resorts com grandes parques aquáticos e festas temáticas, que atraem as famílias americanas pela vizinhança e preços convidativos (para quem recebe em dólar). E a areia não costuma ser pública, como estamos habituados no Brasil. Então, se tem um resort naquela praia, você só pode entrar nela se for hóspede. Soa pouco convidativo, não? Mas o Caribe é formado por dezenas de ilhas e algumas delas ainda são o paraíso perdido do ‘mar de sete cores’ com que muitos sonham.
No próprio México, ao sul de Cancún, está Tulum, onde pousadas e hotéis pé de areia ainda funcionam na base do gerador. Em Curaçao, a ilha vizinha a Aruba, as praias são particulares, mas não são propriedades de resorts (essas também existem, é verdade, mas não são as mais famosas e mais bonitas). Então basta se hospedar em algum lugar sobre os rochedos do lado oeste da ilha – com vista para o pôr do sol matador – e dirigir todos os dias para a sua faixa de areia preferida. Em Cuba, surgiram nos últimos anos as primeiras praias ‘públicas’ – que não pertencem aos resorts que o governo de Fidel autorizou serem construídos nas partes mais turísticas da ilha. Não estamos falando das famosas Varadero ou Cayo Guillermo, mas das areias praticamente intocadas.
Entre elas estão Cayo las Brujas (na foto abaixo), Cayo Santa María e Playa Maria Aguillar, em Trinidad. Isso sem falar das ilhas cujos nomes são praticamente desconhecidos do grande público. Pouca gente havia sonhado em passar suas férias em Turks e Caicos até o mês de janeiro, quando uma de suas praias – Grace Bay -, foi eleita a melhor do mundo pelos usuários do site de viagens TripAdvisor. E há ainda muitas outras a serem descobertas… E o conselho básico para viajar com preços mais baixos e com o menor número de ‘companheiros’ possível segue sendo evitar a alta temporada de férias. No Caribe, é preciso ter cuidado porque os meses de outubro e novembro coincidem com a época de chuvas e furacões em algumas ilhas (outubro/novembro). Mas março e abril estão liberados para colocar a região na sua lista de viagens clássicas.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 9 – Amsterdã (Holanda)
Soa até estranho dizer isso, mas a capital da Holanda entrou para a lista de ‘viagens clássicas’ por ter se consagrado entre os turistas como a terra da liberdade. Amsterdã se tornou terreno fértil para jovens em busca de ervas liberadas ou do famoso Red Light District, mas seu charme nunca deixou de atrair também casais apaixonados e todo outro tipo de viajante. Caminhar entre os canais, admirando a arquitetura dos prédios antigos e as belas paisagens que se formam com os locais pedalando pelas ruas estreitas, ou mesmo fazer um tour de barco, é um passeio para lá de obrigatório.
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Mas a cidade vai além disso. Amsterdã oferece a seus visitantes três importantes museus, entre eles o Van Gogh, que traz em sua coleção as mais importantes obras do pintor holandês. E se você não estiver com pique suportar as andanças pela cidade, e também quiser fugir de multidões, vale um passeio pelo Vondelpark. Basta alugar uma bike e sair pedalando até o parque, onde é possível encostar em uma área verde para fazer seu piquenique.
E quando a noite vai se aproximando, Amsterdã segue incrível. A Leidseplein recebe a galera, que fica espalhada nas mesas entre os vários bares para os brindes de cerveja. Além disso, os famosos coffee shops, onde a maconha é comercializada livremente, lotam. E quando se fala em Amsterdã, não se pode esquecer da Red Light District, rua em que prostitutas oferecem seus serviços por meio de vitrines.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 10 – Barcelona (Espanha)
Por mais clichê que seja dizer isso – e clichê é o que não falta nas viagens clássicas -, não dá para escapar do fato de que a capital da Catalunha exibe arte por todos os lados. E o culpado, ou o responsável, por isso – e por colocar Barcelona na lista das ‘viagens clássicas’ – é Antoni Gaudí, um arquiteto que projetou inúmeras edificações e transformou a cidade em uma riqueza cultural sem dimensões.
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Uma volta no Park Guell mostra o estilo peculiar do artista, que transcendia o modernismo e deixou marcas eternas na cidade que, hoje, é também conhecida por acolher um dos melhores times de futebol da história. Gaudí, que viveu até os 73 anos de idade, deixou em Barcelona ainda uma obra inacabada, mas que é considerada uma das maiores belezas arquitetônicas do mundo.
A Igreja Sagrada Família, projetada em estilo gótico, é um patrimônio cultural da Unesco que começou a ser construída no século 19 e cujo fim das obras está marcado para 2026, ano do centenário da morte de Gaudí. Deixando o arquiteto de lado, Barcelona também é marcada por ser um pólo de grande diversão. Barceloneta é a praia mais badalada da cidade, mas também é conhecida por uma noite bem aquecida. Só prepare os bolsos, pois você está diante de um dos melhores lugares do mundo para badalar e os preços não são dos mais atrativos.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 11 – Veneza (Itália)
É preciso ser sincero ao falar desta antiga República da Itália e dizer que o tamanho das multidões e a altura dos preços podem ser realmente assustadores. Mas mais assustador ainda é nunca colocar os pés lá, pois podemos dizer com segurança que Veneza é uma das cidades mais belas do mundo com seus prédios medievais um tanto desleixados, suas igrejas exuberantes, suas pontes sem fim e seus míticos canais. Drible as multidões viajando em meses de baixíssima temporada, como abril e outubro. Evite o mês de agosto até a morte.
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Além do calor beirando o insuportável, é a época do ano em que os cruzeiros agitam as águas do Canal Grande e despejam milhares de turistas em correria pelas ruelas para aproveitar seu único dia na cidade. Respire fundo e encare a fila para entrar na Basílica de San Marco, pois ela merece. Já o passeio de gôndola é um clichê completamente dispensável – curto e sem muito romantismo, com gondoleiros falando ao celular ou mesmo discutindo com os passageiros -, especialmente para quem está viajando com dinheiro contado. Fuja para cantos menos ‘muvucados’ da cidade, como a Punta della Dogana, onde casais namoram admirando a Piazza San Marco do outro lado do Canal Grande, o antigo gueto judeu ou o Campo Santa Margherita.
Neste último, você vai encontrar a happy hour mais barata de Veneza, além de ter a companhia apenas de locais para beber o seu Aperol Spritz – a bebida da cidade. Falando em economia, fique em um hotel ou apartamento em que você possa cozinhar. Os produtos italianos dos supermercados são tão frescos e saborosos que você não vai sentir a menor falta de sair para jantar em um restaurante que custará os olhos da cara. E não deixe de caminhar por Veneza à noite, quando a maioria dos turistas já está refugiado no conforto dos seus hotéis. Compre uma garrafa de Bellini – um drinque de suco de pêssego e champanhe – e sente em alguma das centenas de pontes da cidade para admirar a lua refletida nos canais ou, na ausência dela, pelo menos as estrelas.
Viagens clássicas que nunca saem de moda 12 – Paris (França)
É preciso primeiro traçar uma divisória clara entre a Paris real e a Paris dos sonhos. A primeira versão da capital da França é cara, superlotada de turistas, com filas quilométricas, um sistema de transporte que já não comporta mais sua população (tanto a fixa como a de visitantes), onde a prestação de serviços é ruim e cheia de lugares onde ninguém vai entender uma letra de inglês. A segunda é aquela das viagens clássicas, dominada pela sempre presente e bela Torre Eiffel, dos boulevares charmosos, das padarias apetitosas, dos parques impecavelmente verdes e cuidados, dos museus recheados de obras de arte de valor incalculável, onde mulheres muito bem vestidas caminham pela Champs-Elysées, onde o sol se põe no Arco do Triunfo, onde amigos bebem vinho e conversam animadamente nos cafés.
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Enfim, a ‘Cidade Luz’ aclamada por pintores, escritores, poetas e cineastas… Feita essa diferença. pode-se dizer que as duas cidades existem e convivem juntas. Ou seja, sua Torre Eiffel está lá, iluminada e bela como nos sonhos, mas com ingressos caros, filas gigantes e muitos, muitos turistas disputando com você aquele ângulo perfeito para tirar uma foto. Há maneiras de minimizar isso, mas não de eliminar. Drible as multidões comprando ingressos corta-fila pela internet e viajando em meses de baixíssima temporada, como abril e outubro. Evite o mês de agosto até a morte. Hospede-se fora do burburinho central, pague menos e veja como as pessoas realmente vivem em Paris (só garanta estar perto e uma linha de metrô).
Uma boa opção é o bairro boêmio de Montmartre, aos pés do Sacre Coeur. Abuse das carrocinhas de ‘croque monsieur’ – a torrada francesa – e de crepes e faça piqueniques enquanto visita os parques, ao invés de gastar em restaurantes com menus completos. E, se puder estar em Paris no primeiro domingo do mês, poderá ir aos museus de graça, inclusive o todo-poderoso Louvre (de outubro a março)! Depois de tudo isso dito, talvez você pense que realmente não vale a pena visitar Paris, apesar de ser uma daquelas viagens clássicas que todo mundo faz, já que ela não é como todo mundo sonha. Mas eu não deixaria de transformar meus sonhos em realidade, e você?