Vai viajar e não sabe como montar seu roteiro em Paris? Não se preocupe, essa é uma dúvida perfeitamente natural. Afinal, estamos falando de uma das cidades mais lindas e visitadas do mundo, cheia de pontos turísticos para todos os cantos! Para te ajudar na difícil tarefa de escolher quais deles visitar e como, elaboramos sugestões de roteiro passo a passo para quem tem 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 dias de viagem na capital da França. Com mapas!
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Listamos as atrações seguindo os critérios de importância e distância. Então, no ‘Dia 1’ estão os pontos turísticos mais legais e que ficam próximos uns dos outros, no ‘Dia 2’ os um pouco menos legais ou que ficam mais longe e etc. Mas fique à vontade para pular dias e misturar atrações, pois o importante é fazer o que você gosta! O roteiro em Paris é todo baseado em transporte público, aproveitando principalmente a eficiente rede de metrôs e trens.
Por isso, aconselhamos que você compre bloquinhos de 10 passagens nas máquinas das estações do metrô, fica mais barato! Também recomendamos adquirir o Paris Museum Pass, um passaporte que permite entrada em mais de 60 museus e monumentos da cidade. Sai mais em conta do que comprar todos os ingressos individualmente. O passe de 2 dias custa 79 euros, o de 4 dias sai por 94 euros, e o de 6 dias vale 107 euros. Você pode comprar o seu aqui.
É claro que não dá para ver TUDO em uma semana, provavelmente nem em um mês. Paris tem tantos bairros, ruas, cafés e cantinhos charmosos que seria impossível. Isso sem falar no número quase obsceno de museus, parques e igrejas. Mas tentamos reunir nesses 6 dias o essencial para quem vai pela primeira vez à cidade. Desde a onipresente Torre Eiffel até algumas atrações nos arredores, como os Jardins de Monet e o Castelo de Chantilly.
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Antes de detalhar o roteiro em Paris, aproveite e confira nossas 2 sugestões de hospedagem boas e baratas na cidade. Elas se localizam no bairro de Montmartre, a região turística mais econômica onde ficar. A primeira é o Le Regent Montmartre, que cobra diárias a partir de 72 euros (clique aqui para mais informações e reservas). A segunda é o Le Village Montmartre, com diárias saindo de 76 euros (aqui). Ambas foram testadas e aprovadas por nós 😉
O que fazer em Paris em 1 dia → Catedral de Notre-Dame, Saint-Chapelle, Conciergerie, Pont Neuf, Rio Sena, Jardins do Trocadéro e Torre Eiffel;
O que fazer em Paris em 2 dias → Tudo do ‘Dia 1’ + Jardins das Tuileries, Place de la Concorde, Avenida dos Champs-Élysées, Grand e Petit Palais, Ponte Alexandre III e Arco do Triunfo;
O que fazer em Paris em 3 dias → Tudo do ‘Dia 1’ + ‘Dia 2’ + Moulin Rouge, Basílica do Sacré-Coeur e Museu do Louvre;
O que fazer em Paris em 4 dias → Tudo do ‘Dia 1’ + ‘Dia 2’ + ‘Dia 3’ + Museu D’Orsay, Boulevard Saint-Germain, Igreja de Saint-Sulpice, Jardim de Luxemburgo e Fonte Saint-Michel;
O que fazer em Paris em 5 dias → Tudo do ‘Dia 1’ + ‘Dia 2’ + ‘Dia 3’ + ‘Dia 4’ + Ópera Garnier, Igreja de La Madelein e Palácio de Versailles;
O que fazer em Paris em 6 dias → Tudo do ‘Dia 1’ + ‘Dia 2’ + ‘Dia 3’ + ‘Dia 4’ + ‘Dia 5’ + Jardins de Monet e Castelo de Chantilly;
Roteiro em Paris – Dia 1
No 1º dia de roteiro em Paris, pegue a linha 4 do metrô e desça na Estação Cité. Você vai desembarcar literalmente no coração de Paris: a Île de la Cité. Nesta ilha no Rio Sena, a tribo celta dos parisii fixou sua primeira moradia e fundou a cidade. A apenas meia quadra da estação fica o Boulevard du Palais, onde estão localizadas a entrada para a Sainte-Chapelle e para a Conciergerie. Sempre tem fila na porta, não há como errar.
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Primeiro, pegue a fila da Sainte-Chapelle, uma capela gótica construída no século XIII pelo Rei Luís IX (mais tarde São Luís) para servir ao palácio real. Nada restou daquela residência dos monarcas da França e, hoje, a capela está localizada no pátio interno do Palácio da Justiça de Paris. O ingresso custa 13 euros e você pode comprar aqui. A entrada combinada com a Conciergerie fica 20 euros (aqui). Você também pode acessar os dois locais com o Museum Pass.
O templo tem dois andares, sendo que a parte inferior era reservada aos funcionários e moradores do palácio, e a superior para a família real. Mas o motivo pelo qual a Sainte-Chapelle não pode ficar fora do seu roteiro em Paris são seus 1.113 vitrais. Eles estão espalhados por 15 janelas com 15 metros de altura, emoldurados por um delicado trabalho em pedra e que retratam histórias bíblicas do Velho e do Novo Testamento. Uma rosácea foi acrescentada ao conjunto no século XV.
Finalizada a visita a capela, saia para a rua e procure pela entrada para a Conciergerie, logo ao lado. Não há muito o que ver neste antigo palácio, que foi transformado em prisão real e para onde a Rainha Maria Antonieta foi enviada para aguardar o julgamento e execução na guilhotina. Há uma cela que recria o ambiente onde a monarca mais controversa da França passou seus últimos dias. Mas não muito mais, por isso é uma visita interessante, mas rápida.
Saindo da Conciergerie, escolha qualquer uma das ruas que margeia o Rio Sena e siga em direção à extremidade da ilha onde está localizada a famosa Pont Neuf, a mais antiga e uma das mais bonitas da cidade. O arco de pedra que foi inaugurado pelo Rei Henrique IV em 1607 tem 12 arcos e 275 metros de extensão. Adiante dela, bem na pontinha da Île de la Cité, você vai encontrar a Square du Vert-Galant, um dos refúgios verdes mais gostosos de Paris.
Dê meia volta e siga para a outra ponta da ilha, onde está localizado a impressionante Catedral de Notre-Dame de Paris. Destruída por um incêndio em 2019, ela se encontra em reconstrução até dezembro de 2024. No momento, só é possível admirá-la de longe, mas vale a pena. O templo é uma das principais construções em estilo gótico do país e se tornou célebre no mundo todo graças ao romance O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo.
Sua construção foi iniciada no ano de 1163 e é dedicada à Virgem Maria – daí o nome Notre-Dame, que em francês significa ‘nossa senhora’. Admire a suntuosa fachada adornada por três portais e duas torres de 69 metros de altura. Depois de admirar o templo, saia da ilha e dirija-se à margem esquerda do Sena. No Quai de Montebello, na altura da Pont au Double, a Estação Notre-Dame do BatoBus, o barco que funciona como uma espécie de ônibus.
Ele leva turistas para cima e para baixo ao longo de nove estações no Sena e é a maneira mais barata de se fazer um cruzeiro pelo famoso rio parisiense. O ticket vale por 24 horas e custa 23 euros – não há passagens por trecho (compre a sua aqui). Embarque e acomode-se para uma viagem de 1h30 na qual poderá admirar desde a água alguns dos principais cartões-postais da cidade. O barco vai até a Ilha Saint-Louis, a contorna e retorna pela outra margem.
Você vai passar pelas estações Hôtel de Ville, Louvre, Champs-Elysées, Beaugrenelle e… Tour Eiffel! Sim, ‘voilá’, chegou a hora de visitar o símbolo maior da Cidade Luz. Construída em 1889 para ser o arco de entrada da Exposição Universal, ela deveria ser demolida 20 anos depois. Mas o arrojado e visionário projeto do engenheiro Gustave Eiffel conquistou o coração dos franceses e ela permanece até hoje erguida contra os céus do coração de Paris.
A Torre Eiffel está dividida em três andares. As grandes vistas estão no segundo e terceiro – ou topo. O ingresso para o segundo subindo de escada sai por 14,20 euros, e de elevador fica 22,60. Para ir ao topo é preciso pagar um pouquinho mais: 26,90 euros se você subir até o segundo andar de escada, e 35,30 se quiser pegar mais um elevador. Não é possível usar o Museum Pass. Aconselhamos que você reserve seu ticket com antecedência aqui.
Nas bilheterias físicas, as filas costumam ser enormes! Falando nelas, se você vai até o topo, recomendamos que faça isso logo no início da visita, pois pode haver longas filas para pegar os elevadores. Ele fica a 276 metros do solo e abriga o escritório onde o criador do monumento – Gustave Eiffel – trabalhava, um bar de champanhe e uma pequena área aberta para se ter a visão da cidade. Aberta em termos, pois o local é todo protegido por um cercado de ferro.
Além disso, o espaço está sujeito a ficar bastante cheio e apertado, principalmente na alta temporada de verão (junho-agosto) ou outros feriados. O jeito é relaxar bebendo uma taça de champanhe – custa de 13 a 22 euros conforme o tipo de bebida e tamanho do copo – e fazer um brinde à beleza de Paris! Depois da visita, desça para o segundo andar, que está a 115 metros de altura e descortina as melhores vistas da cidade.
Embora a parte baixa tenha parapeitos protegidos por cercas de ferro, na parte de cima não há nada que lhe atrapalhe a visão e as fotos. Depois de registrar suas imagens com a luz do dia, espere pelo pôr do sol e, em seguida, pelo acender das luzes da torre ao anoitecer. Estar lá em cima quando as 20 mil luzes de LED pipocam é uma experiência única! Não deixe de conferir nosso texto completo sobre como visitar a Torre Eiffel aqui.
Mas a noite ainda não acabou! Atravesse a Pont d’Iéna e vá conhecer os Jardins do Trocadéro. Dominados pelo Palais de Chaillot, é dos seus gramados que se tem a melhor vista da principal atração turística de Paris. O cenário fica especialmente bonito quando combinado com a gigantesca fonte do parque, cujos canhões de água disparam a cada hora cheia. Compre uma garrafa de vinho e curta a noite. Para a volta, o metrô mais próximo é o Trocadéro.
Roteiro em Paris – Dia 2
Vamos começar o segundo dia de roteiro em Paris com um café da manhã de dar água na boca! Pegue a linha 1 do metrô e desça na Estação Tuileries. Você vai sair diretamente na charmosa Rue de Rivoli, onde deve procurar pelo número 226. É onde funciona, desde 1903, a tradicionalíssima casa de chá Angelina. É impossível visitar Paris sem lá tomar um chocolate quente e comer um Mont-Blanc – doce feito com creme de castanhas portuguesas e chantilly.
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Satisfeita a fome, hora de seguir o passeio que começa logo do outro lado da Rue de Rivoli, nos Jardins des Tuileries, um dos parques mais populares e visitados de Paris. Contribui muito para isso sua localização privilegiada, na margem direita do Rio Sena e entre o Museu do Louvre e a Place de la Concorde. O espaço verde surgiu no século XVI por ordem da Rainha Catarina de Médicis para decorar o entorno do Palácio das Tuileries, onde ela passava seu tempo livre.
Em 1664, o arquiteto André Le Nôtre, autor do projeto dos famosos jardins do Palácio de Versalhes, transformou-o num parque no estilo francês, formal e simétrico. O ponto alto do Tuileries são os dois grandes lagos artificiais, onde crianças costumam pilotar barcos a motor. Entre as alamedas sombreadas, espalham-se dezenas de estátuas ornamentais e os pavilhões do Musée de l’Orangerie e o Jeu de Paume, sedes de importantes exposições de arte.
O Tuileres abriga ainda cafés, restaurantes, mesas e cadeiras ao ar livre. Finalizado este passeio, a próxima atração está logo ao lado. Trata-se da Place de la Concorde – ou Praça da Concórdia em bom português -, a segunda maior da França e cuja história está banhada em sangue. Em 1770, dois anos antes de ser formalmente inaugurada, a praça foi palco da morte de 133 pessoas pisoteadas durante o casamento do futuro Rei Luís XVI com Maria Antonieta.
Mas o horror maior ainda estava por vir. Em 1792, foi instalada ali a guilhotina que se tornaria símbolo da Revolução Francesa. Das 2.498 pessoas decapitadas na capital naquele período, nada menos do que 1.119 perderam suas vidas diante das multidões que lotavam a Place de la Concorde. Entre elas estavam justamente Luís XVI e Maria Antonieta. Com o fim da Revolução, para deixar no passado a história sombria da praça, ela foi rebatizada de Concorde.
Em 1831, o governo do Egito ofereceu à França como presente um obelisco de 3.300 anos e 30 metros de altura. Decidiu-se por ergue-lo no centro da praça, o que acabou levando a uma arriscada e bem sucedida operação de engenharia. As duas fontes monumentais – Fontaine des Mers and Fontaine des Fleuves – foram acrescentadas em 1840. Encerrada a visita, vamos seguir caminhando por toda a extensão da Avenida dos Champs-Élysées, a mais bela do mundo!
Seus 1,9 quilômetros estendem-se desde a Place de la Concorde até o Arco do Triunfo. A via – a segunda mais cara da Europa e uma das mais caras do mundo – surgiu em 1667 também pelas mãos de André le Nôtre, o mesmo dos jardins de Versailles e das Tuileries. Desde então, a larga avenida arborizada por castanheiros-da-índia foi tomada por cafés, restaurantes, casas noturnas e lojas de grife, tornando-se o lugar para ver e ser visto em Paris.
É claro que o perfil do comércio mudou bastantes nos últimos séculos, com a chegada grandes redes de comércio, mas nada que tire o charme da Champs-Élysées. Antes de perder-se namorando as vitrines, fazendo compras e procurando um lugar para almoçar, vire na primeira esquina à esquerda, na Avenida Winston Churchill. Você vai passar pelos históricos prédios do Grand e Petit Palais e chegará à Ponte Alexandre III, a mais bonita de Paris.
Fenômeno de engenharia da época, ela foi construída em 1896 e 1900 em um único arco de aço de seis metros de altura que cruza o Rio Sena em vão aberto. Sua exuberante decoração em estilo Art Nouveau tem lampiões, querubins, ninfas e cavalos alados. De volta à avenida, siga atéeeee o fim dela, um passeio gostoso mas um tanto longo. Mas não se preocupe, porque este será o ponto final do segundo dia de roteiro em Paris.
A Champs-Élysées termina no eixo radial conhecido como ‘etoile’, ou estrela, pois dele partem 12 ruas e avenidas da cidade. No centro, na Praça Charles de Gaulle, ergue-se o Arco do Triunfo, monumento construído entre 1806 e 1836 para celebrar as vitórias militares do Imperador Napoleão Bonaparte. A obra monumental do arquiteto Jean Chalgrin tem 50 metros de altura por 45 metros de largura. Em seu exterior estão gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais.
Para chegar até o Arco, NÃO tente atravessar a rua, pois há DEZ PISTAS entre ele e a Champs-Élysées. Há passagens subterrâneas em cada esquina para que você possa cruzar por baixo, em segurança. No centro do Arco do Triunfo fica o túmulo do soldado desconhecido, uma forma de homenagear todos os militares cujos corpos não puderam ser recuperados. Dentro do arco não há nada para se ver, mas vale a pena encarar os 284 degraus até o topo.
Dele, descortinam-se belas vistas da região e da Torre Eiffel. Para subir no arco, você pode usar o Museum Pass ou pagar 16 euros pelo ingresso (compre aqui). Como o dia já deve estar pelo fim a essa altura do campeonato, se abanque em algum dos inúmeros restaurantes da avenida para uma ‘happy hour’ enquanto a iluminação noturna do monumento se acende. É uma daquelas visões imperdíveis do roteiro em Paris! Para a volta, o metrô mais próximo é o Charles de Gaulle.
Roteiro em Paris – Dia 3
No seu terceiro dia de roteiro em Paris, acorde cedo e pegue a linha 2 do metrô até a Estação Blanche. vire à direita para dar um look e tirar uma foto da fachada do famoso cabaré Moulin Rouge, com seu moinho de pás vermelhas. Por que só a fachada? Porque há muitos anos já o Moulin Rouge deixou de ser um autêntico reduto da noite parisiense para virar uma casa de shows pega-turista que cobra preços exorbitantes. Melhor passar só na frente, não é?
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Volte até a esquina e pegue a Rua Lepic. No número 15 fica o famoso Cafe des 2 Moulins, cenário do filme Amélie Poulain. Embora o lugar normalmente esteja lotado de fãs, vale a pena disputar uma mesinha para tomar o café da manhã. O crème brûlée, prato preferido de Amélie, custa 8,90 euros. Depois do café, vamos seguir passeando pelo bairro de Montmarte, o reduto boêmio de Paris. Saindo do 2 Moulins, siga pela Lepic e vire à direita na Rue des Abesses.
Quando chegar à esquina da Rue la Vieuville, pegue a esquerda para dar uma espiada no ‘Mure des Je T’aime’ – ou Muro dos Eu te Amo. Neste mural, pode-se ler ‘eu te amo’ em vários idiomas. Volte pela Vieuville e dobre logo na esquina à esquerda, na Rue Yvonne le Tac. Em três quadras você chegará à Square Louise-Michel. É dela que partem as escadarias que dão acesso à belíssima Basílica do Sacré-Coeur, ou Sagrado Coração.
Você pode subir até a basílica com o funicular ao custo de uma passagem de metrô, ou a pé. Neste caso, fique atento aos seus pertences e não se deixe parar nas escadarias por estranhos, já que pequenos golpistas e ‘pick pockets’ rondam os turistas. Uma vez lá em cima, admire a magnífica vista de Paris, pois você estará em um dos pontos mais altos da cidade. Aberta ao público após a Primeira Guerra, a basílica reluz como uma joia branca.
Depois, entre na fila para visitar o interior da igreja. Construído em mármore travertino, o templo tem o formato de uma cruz grega e é adornado por quatro cúpulas que chegam aos oitenta metros de altura. A visitação ao interior da igreja é gratuita. Já para conhecer a cúpula, é necessário pagar 6 euros e encarar os 300 degraus da subida. Depois da visita, saia para a direita da igreja e dê uma passada na simpática Place de Tertre.
Ela fica a apenas uma quadra de distância e abriga artistas que costumam vender suas pinturas e fazer retratos ao vivo. Desça de volta para a base da escadaria da basílica e, a duas quadras dali, no Boulevard de Rochechouart, você vai encontrar a Estação Anvers do metrô – o caminho está no mapa. Pegue a linha 2 na direção Nation e siga até a Estação Stalingrad, onde fará a conexão com a linha 7 na direção Villejuif-Louis Aragon ou Mairie D’Ivry.
A parada agora será na Estação Palais Royal-Musée du Louvre. Já adivinhou qual é a programação, não é mesmo? Antes de iniciar a visita, busque um lugar nas proximidades para almoçar ou coma seu lanche embalado na mochila (ótima maneira de economizar muitos euros na caríssima Paris). Para entrar no Louvre é preciso ter o Museum Pass ou comprar aqui o ingresso de 22 euros (+ 3 euros para a taxa de reserva online).
Bem-vindo a este que é nada menos do que o mais importante museu do mundo todo: o Louvre! Construído em 1190 para ser uma fortaleza, ele acabou virando residência da família real francesa. O palácio foi transformado em museu em 1793 e, hoje, ocupa mais de 73 mil m² onde estão em exposição nada menos do que 35.000 obras de arte! Como ver tudo seria impossível, é melhor pesquisar previamente as obras que você tem interesse em conhecer.
As peças mais famosas do Louvre são: os quadros Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, As Bodas de Caná, de Paolo Veronese, A Rendeira, de Johannes Vermee, e A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix; as escultura Vênus de Milo, Escravo Morrendo e Escravo Rebelde, de Michelangelo, Psiqué Reanimada pelo Beijo de Eros, de Canova, Os Cavalos de Marly e Vitória de Samotrácia; além da Esfinge de Tanis. Para ver todas, você vai precisar de algumas horas.
Para saber exatamente onde está cada uma e não perder tempo zanzando pelo gigantesco museu, confira nosso texto sobre o que ver no Louvre. Depois das obras, não deixe de apreciar as pirâmides do museu, tanto a da entrada principal quanto a invertida, no subsolo. Ambas ficam lindamente iluminadas à noite, que é quando seu passeio deve acabar. Encerraremos aqui o terceiro dia de roteiro em Paris. Para a volta, o metrô mais próximo é o Palais-Royal.
Roteiro em Paris – Dia 4
No quarto dia de roteiro em Paris, pegue a linha 12 do metrô e desça na Estação Solférino, que está a apenas 30 metros de distância do Museu D’Orsay. Este museus abriga o principal acervo do mundo dedicado ao impressionismo, realismo e simbolismo. Todos os maiores artistas da segunda metade do século XX e do início do século XIX têm obras expostas lá! Para entrar, basta apresentar o Museum Pass ou comprar aqui o ingresso de 16 euros.
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Destacamos o Baile do Moulin de la Galette, obra-prima do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir; o mais famoso dos 43 autorretratos de Van Gogh, além de Noite Estrelada sobre o Ródano, A Igreja de Auvers e Retrato de Dr. Gachet; a escultura Prima Ballerina e o quadro A Aula de Dança, de Edgar Degas; Olímpia e O Almoço Sobre a Relva, de Edouard Manet; Os Jogadores de Cartas, de Paul Cézanne; Arearea, de Paul Gauguin, entre tantas outras.
Mas a grande atração do museu são mesmo as pinceladas impressionistas de Claude Monet. Brilham no acervo suas obras Campo de Papoulas, A Estação de Saint-Lazare, Lírios D’água Azuis, O Parlamento em Londres e Mulher com Guarda-Sol. Além das pinturas, estão expostas ao longo dos cinco andares do museu esculturas célebres, objetos decorativos, fotografias e desenhos, testemunhos da incrível criação artística que efervesceu na Europa entre 1848 a 1914 .
Não bastasse esse gigantesco e variado acervo, o D’Orsay funciona na estação ferroviária construída para a Exposição Universal de 1900. O prédio do arquiteto Victor Laloux é belíssimo por dentro e por fora. Não deixe de subir até o último andar onde, além de uma parte importante da exposição, encontra-se o gigantesco relógio da estação. Saindo do museu, siga em frente até encontrar o arborizado e tão parisiense Boulevard Saint-Germain.
Caminhe sem pressa em meio aos cafés, lojas de grife, restaurantes e livrarias que caracterizam esta que é a principal via da margem esquerda do Rio Sena. Aliás, se você quer conhecer alguns dos mais tradicionais restaurantes da cidade, não precisa andar mais do que alguns metros pelo Saint-Germain para encontrar três deles: o Café de Flore, o Les Deux Magots e a Brasserie Lipp. As mesas na calçada são uma ótima pedida para o almoço.
Também no boulevard fica a Igreja de Saint-Germain-des-Prés, a mais antiga da cidade de Paris. Embora o prédio atual seja do século XI com restauro feito no século XIX, o templo que data originalmente do ano 542 vale a visita. Siga flanando pela gostosa via até encontrar a esquina com a Rue de Tournon, à direita. Entre nela e, novamente, à direita quando chegar à Rue Saint-Sulpice. Logo à frente você encontrará as belas praça e igreja do mesmo nome.
A Fonte dos Quatro Cardeais e as castanheiras dominam a paisagem. Depois, volte pela Rue Saint-Sulpice e dobre à direita na Rue de Tournon, seguindo por ela até avistar o Jardim de Luxemburgo. A história do parque começou em 1611, quando a Rainha Maria de Médicis decidiu construir na capital francesa uma réplica dos famosos Jardins Boboli, que ela conhecera quando criança em Florença (Itália). Da mãos da realeza, o parque passou à propriedade do Senado.
A Casa Parlamentar hoje funciona no antigo Palácio do Luxemburgo. O parque se estende por 25 hectares divididos em jardins franceses e jardins ingleses. Entre os dois, encontra-se uma floresta geométrica e uma grande lagoa, onde as crianças costumam pilotar barcos a motor nos dias ensolarados de verão. Ao longo do parque, espalha-se uma coleção de 106 estátuas decorativas, canteiros floridos, mesas e cadeiras para o lazer ao ar livre.
Destaque ainda para a monumental Fonte Medici, localizada no lado direito de quem olha de frente para o palácio. Depois de visitar o parque, siga primeiro pela Rue de Condé, depois de novo pelo Boulevard Saint-Germain e pela Rue Danton, você chegará à Fonte Saint-Michel, na praça e no fim do boulevard do mesmo nome. Tradicional ponto de encontro de moradores de Paris, esta monumental obra do arquiteto Gabriel Davioud foi inaugurada em 1860.
Volte ao hotel e descanse um pouco – o metrô mais próximo é o Saint-Michel. Quando for noite fechada, saia para ver os monumentos de Paris iluminados. Recomendamos a Torre Eiffel porque não há como se cansar dela, o Louvre, a Place de La Concorde, as pontes do Sena e o Arco do Triunfo. Você pode ir unindo metrô com um pouco de caminhada e conseguirá ver tudo. Ou pode optar pelo conforto de um tour em ônibus panorâmico por 28 euros (reserve aqui).
Roteiro em Paris – Dia 5
Neste quinto dia de roteiro em Paris, vamos começar pegando as linhas 3, 7 ou 8 do metrô e descendo na Estação Opéra. Você vai sair bem em frente à Ópera Garnier, símbolo máximo do requinte e suntuosidade da era napoleônica. O ingresso custa 15 euros e você pode comprar o seu aqui – o Museum Pass não é aceito. O prédio foi inaugurado em 1875 para abrigar a Ópera Nacional de Paris. O arquiteto Charles Garnier fez do edifício um verdadeiro bolo de casamento!
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Ele misturou materiais como pedra, mármore e bronze e também diversos estilos arquitetônicos, indo do clássico ao barroco. O resultado é de cair o queixo. Já na entrada, você dará de cara com a Grande Escadaria, feita em mármore branco e com corrimão do mesmo material, mas nas cores vermelho e verde. Logo acima, está o Grand Foyer, com teto abobadado de mosaicos e varandas que fazem a alegria dos visitantes para tirar fotos.
No centro de tudo está o auditório de cinco fileiras de poltronas, todo decorado com veludo vermelho, figuras de gesso de querubins e folhas douradas. Tudo arrematado pelo teto falso de Marc Chagall. Quando sair da Ópera, pegue a direita e siga pelo Boulevard des Capucines até encontrar a Igreja de la Madeleine. Ela estava sendo construída durante a Revolução Francesa, quando foi convertida em um templo grego para homenagear o Exército.
Hoje, o local retomou suas funções católicas, mas manteve a inusitada fachada em estilo neoclássico. Depois da visita, entre na Estação Madeleine – logo em frente – e pegue a linha 8 do metrô no sentido Balard. Desça na Estação Invalides para fazer a conexão com a linha C do trem RER. Atenção, aqui você precisa comprar uma passagem específica de RER, não pode ser de metrô! O destino é a Estação Versailles Château-Rive Gauche, na cidade vizinha de Versailles.
Uma vez lá, é só seguir o fluxo de turistas pela Avenida de Sceaux e, em 5 minutos, você estará no maior, mais suntuoso e belo palácio que existe no mundo todo: o de Versailles! Construído pelo Rei Luís XIV a partir de 1664, o palácio foi o centro da monarquia absolutista iniciada pelo Rei Sol até a prisão da família real pela Revolução Francesa, em 1789. Um lugar que abrigava alguém tão poderoso a ponto de dizer ‘o Estado sou eu’ tinha que lhe fazer jus.
Versalhes possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. Nele, estão os famosos jardins formais franceses do arquiteto André Le Nôtre, além do Grand e do Petit Trianon. Não é a toa que é um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebendo em média oito milhões de turistas por ano! Devido a todo esse tamanho, visitar Versailles é programa para uma tarde inteira!
Para visitar o interior do palácio, é preciso ter o Museum Pass ou comprar o ingresso aqui – custa entre 24 e 32 euros euros . Você vai ficar boquiaberto com o luxo, pompa e circunstância da decoração feita em mármore colorido, entalhes em pedra e madeira, murais, veludos, tapeçarias e mobília prateada e dourada. Destaque para a capela real, o Salão de Vênus, os apartamentos da Rainha e do Rei e, é claro, o Salão dos Espelhos, com seus 70 metros de reflexos.
Depois, vamos para os jardins, cujo acesso é gratuito de 1º de novembro a 26 de março. Note que, nesse período, as famosas fontes ficam sempre desligadas. De 27 de março a 31 de outubro, a entrada é gratuita nas segundas e de quarta a sexta. Nas terças, sábados e domingos, os jardins são fechados para a realização de espetáculos de luzes e música nas fontes do parque. Para assisti-los é preciso ter o ticket de 32 euros acima, o Museum Pass não vale.
Mas não se preocupe, se for o caso de você ir a Versailles em dia de espetáculo, pode comprar um ticket apenas para o jardim na hora. O custo parte de 10 euros dependendo do show. Confira todos as apresentações disponíveis, datas e horários exatos no site oficial do palácio. Para se deslocar por toda a extensão do parque também estão disponíveis serviços de aluguel de bicicleta, carrinhos elétricos, segway, barcos e até mesmo um mini-trem.
Tudo pago, é claro. Comece pela Fonte de Latona, logo atrás do palácio e siga caminho pelo Grande Canal e arredores sem medo de se perder. O parque é imenso e tem muita coisa para mostrar entre canteiros geométricos, fontes, lagos, colunatas, estufas e estátuas. Saindo pelos caminhos à direita do Grande Canal, você chegará ao Trianon, que são os palacetes privados do rei (Grand Trianon) e da rainha (Petit Trianon). Para entrar, é preciso ter o ingresso de 20 ou 27 euros.
Quem estiver com o Museum Pass pode comprar na hora um ticket específico para o Trianon por 12 euros. Findo o passeio, pegue o trem de volta para Paris. Quem ainda estiver animado para a noite, pode embarcar na linha 5 do metrô até a Estação Laumière, ou na linha 7 até a Estação Riquet. A menos de 5 minutos de caminhada fica a cervejaria artesanal Paname (Quai de la Loire, 41). Além de produzir cerveja excelente, tem uma bela vista do Bassin de la Villette.
Roteiro em Paris – Dia 6
Agora que você já conhece as principais atrações dentro da capital, vamos continuar visitando algumas que ficam nas proximidades da Cidade Luz. Por isso, acorde cedinho neste sexto dia de roteiro em Paris e dirija-se para a Gare Saint-Lazare, que pode ser facilmente acessada através das linhas 3, 12, 13 e 14 do metrô. Lá, você vai tomar o trem das 8h19 com destino a Rouen, mas sua parada será na Estação Vernon-Giverny. O custo é de 9 euros.
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Recomendamos comprar a passagem com antecedência através do site da SNFC (aqui), para evitar as filas das bilheterias nas estações ou ter que mexer nas máquinas de tíquetes sem saber como. A viagem direta dura em torno de 45 minutos. Uma vez em Vernon, é só seguir as placas que indicam os ônibus para Giverny, que fica a 7 quilômetros de distância. Os tickets custam 10 euros para ida e volta e devem ser comprados na hora com o motorista.
O ônibus deixará você em um estacionamento a apenas cinco minutos de caminhada da entrada para os… jardins de Monet! A casa e ateliê onde o artista viveu e pintou durante boa parte da vida hoje são atração turística. Os jardins foram o foco principal da sua produção artística por 30 anos, dando origem às 250 telas que compõem a famosa série Ninfeias. Árvores, estufas, flores, lagos ornamentais, bambus e as célebres pontes japonesas compõem o cenário.
Para entrar na Casa e Jardins de Monet o custo é de 11 euros + 1,50 de taxa de reserva online. Recomendamos adquirir o seu com antecedência aqui. Mas atenção ao fato de que o local não funciona o ano inteiro: de 2 de novembro a 22 de março, tudo fica fechado. Se preferir fazer a visita a Giverny com a praticidade e conforto de uma excursão, reserve a sua aqui por 69 euros. E não deixe de conferir nosso texto completo sobre como visitar os jardins de Monet!
A visita é curta, e você estará de volta a Paris antes do meio-dia. Então, é hora de ir para outra estação de trem, a Gare du Nord, acessível pelas linhas 4 e 5 do metrô. La, você vai comprar uma passagem para a Estação Chantilly-Gouvieux. O custo é de 9 euros e não precisa ser com antecedência, pois os trens são frequentes. No painel, você deve buscar pelos vagões que tenham como destino final Creil ou Compeigne, com parada em Chantilly-Gouvieux.
A viagem dura cerca de 20 minutos. Uma vez tendo desembarcado em Chantilly, é hora de visitar o incrível castelo do mesmo nome! Para chegar até ele, você pode chamar um táxi/Uber ou caminhar. São 2,4 quilômetros – ou pouco menos de 30 minutos – desde a estação até a bilheteria (o trajeto está detalhado no mapa abaixo). Quem tem o Museum Pass pode acessar o castelo – chamado de Museu Condé -, mas não os jardins.
É preciso comprar na hora um ticket específico para isso, que custa 9 euros. Já o ingresso completo para o ‘domaine’ de Chantilly custa 18 euros e você pode adquirir o seu aqui. O castelo de paredes brancas e telhados cinzentos sobre torres de contos de fadas se ergue entre uma ponte e um lago, onde seu reflexo ressalta a beleza em dobro. Ao redor dele, estende-se um parque adornado por jardins franceses e ingleses projetados por André Le Nôtre.
Dentro do castelo – hoje transformado em museu -, você pode visitar aposentos ricamente decorados do século XIX. Mas a grande atração é a galeria de obras de arte, a segunda maior coleção de pinturas antigas do país, perdendo apenas para o Museu do Louvre. Fora do castelo, a atração são os jardins formais simétricos ao redor de uma fonte. No restante do parque, caminhos de terra serpenteiam por pequenos lagos, gramados e árvores frondosas.
Não deixe de conferir nosso texto completo sobre como visitar o Castelo de Chantilly! Terminado o passeio, basta pegar o trem de volta para Paris. Se você chegar cedo – ou mesmo tarde, mas cheio de disposição -, sugerimos que compre uma garrafa de vinho, um queijo francês e pegue o metrô até a Estação Trocadéro (linhas 6 e 9). Você sairá bem atrás do Palais de Chaillot, nos Jardins du Trocadéro. Estenda uma canga ou esteira no gramado e espere o anoitecer.
É nessa hora que as luzes da Torre Eiffel se acendem. Além disso, a cada hora cheia após o entardecer, há um show com 20 mil luzes de LED que pipocam por toda a estrutura de ferro, dando um efeito sensacional. Às 23h – 1h no verão – as luzes ficam azuis e se apagam de vez. Tem jeito melhor de passar sua última noite na Cidade Luz? Só não esqueça que o metrô fecha a 0h durante a semana e a 1h de sábado para domingo. E assim se encerra o roteiro em Paris!
*** O Escolha Viajar esteve na França em julho/2011, agosto/2015, outubro/2017 e setembro/2018 ***