CLIMA: é de temperaturas agradáveis o ano inteiro, sendo a média de 26ºC. Janeiro é o mês mais quente, quando os termômetros ficam na casa dos 30ºC; e julho, o mais frio, com média de 21ºC. A temporada de chuvas vai de abril a outubro, ficando mais intensa entre junho e agosto. A temperatura da água costuma ser agradável em todas as estações, podendo chegar aos 28ºC.
COMO CHEGAR: de avião, o aeroporto mais próximo é o de Guararapes, no Recife. Dali é possível contratar um traslado em vans, táxi ou percorrer os 70 km até Porto de Galinhas de transporte público (procure o guichê de informações turísticas). Há ônibus comuns e com ar condicionado, que fazem o trajeto entre às 4h10 e 22h30. De carro, são 2.300 km desde o Rio de Janeiro e 2.600 km de São Paulo. Saindo do aeroporto, vire a direita na Av. Marechal Mascarenhas de Morais e siga em frente por cerca de 4 km para pegar a direita na BR 101. Siga pela rodovia federal e fique atento às placas à direita que indicam ‘Praias’ para pegar a PE-60. Após cerca de 18 km, será possível entrar à esquerda na rodovia estadual PE-38 para Porto de Galinhas (existem placas de sinalização). Percorridos 9 km, chega-se ao Distrito de Nossa Senhora do Ó e, seguindo em frente pela PE-09 por mais 11 km, chega-se à praia.
HOSPEDAGEM: como estávamos em família – 4 pessoas – decidimos que o melhor negócio em Porto de Galinhas era se hospedar em um bangalô, onde teríamos privacidade, espaço e uma cozinha para fazer lanches e o café da manhã. Nossa acertadíssima escolha foi a Som das Ondas, onde o dono, um francês cujo nome infelizmente não me recordo, nos recebeu com muita cordialidade, explicando o funcionamento das piscinas naturais e dando as primeiras coordenadas da cidade. Localizada em um lindo jardim, a pousada ainda oferece piscina, área comum para refeições, biblioteca (!) e acesso direto à praia.
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COMO SE LOCOMOVER:
Táxi – há um ponto de táxi bem ao lado da ‘rodoviária’. Mas não os achei necessários, já que os destinos mais longos seriam muito caros neste tipo de transporte.
Transporte público – não lembro de ter visto, mas acho difícil que se possa fazer turismo para a região fora do centro dependendo de ônibus, pois a maioria do lugares é acessado de barco ou de bugie, pela areia.
Carro – é uma opção para se locomover de Recife até a praia ou pelos arredores, mas, como foi dito acima, em vários locais não é possível chegar de automóvel.
A pé – me pareceu a melhor maneira de conhecer o local, pois há várias opções de traslados desde o aeroporto, tudo na Vila se faz caminhando e os passeios mais longos podem ser contratados em excursões.
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ROTEIRO:
Dia 1 – sexta, 23/12/2011
A primeira descoberta que se faz ao chegar em Porto de Galinhas é de que a sua vida dependerá da tábua das marés. Conforme a época do ano, ela baixa pela manhã ou à tarde. Existe uma pregada em cada pousada da cidade. Com o horário da maré mais rasa em mãos, prepare o protetor e passe o primeiro dia curtindo a própria Porto de Galinhas. Se o mar estiver baixo pela manhã, vá até as piscinas naturais, que são uma aglomeração de pedras em meio ao mar bem de frente à praça do centro da cidade. Quando o mar recua, deixa ‘poças’ de água cheias de peixes em meio a elas. Há dois meior de chegar lá: assuma sua identidade de turista e alugue uma jangadinha por R$ 10 (tire fotos, seja feliz), ou entre na fila da pulseirinha no Batalhão de Operações Ambientais, assista ao vídeo de segurança e vá a pé/nadando pelo caminho demarcado por boias no mar. Em ambos, o tempo para aproveitar as piscinas é super curto porque o guia quer voltar correndo para pegar mais pessoas, e os bombeiros mandam você voltar para liberar o grupo da próxima pulseirinha. Mas vale a pena. Nas ‘piscinas’ pequenas você alimenta os peixes com a ração que o guia dá, e eles vêm às centenas. Na água cristalina, é lindo de ver. Existe uma única ‘piscina’ maior onde é possível entrar para nadar. Não vale o snorkel (não há corais na região e a água fica bastante turva quando o céu não está limpo), mas rolam umas fotos legais cercadas de peixinhos. O uso de chinelo é essencial, já que as pedras estão cheias de ouriços (acreditem, eu pisei em um).
À tarde, escolha uma ‘barraca’ na areia e se acomode. Mas atenção, se você não consumir COMIDA do cardápio, será cobrado pelo uso das cadeiras e do guarda-sol. Experimente a pina colada no abacaxi, o queixo coalho com mel e muita água de coco. Quando a maré subir, você será obrigado a voltar para a pousada. Outro detalhe é que escurece muito cedo por lá. Às 18h é noite fechada. A solução é sair para o centrinho da Vila, super colorido, iluminado e movimentado. Vá e volte pela beira da praia, é super seguro e bem iluminado e pode-se ver as jangadas paradas no mar calminho sob o luar. Além de escolher uma opção para o jantar (tapioca de carne de sol e milk shake de passas ao rum foi a minha), ao longo do calçadão você pode encontrar diversas empresas que agendam passeios pela região. É só escolher o seu e voltar para uma noite tranquila de sono, já que dia começa cedo em Porto de Galinhas.
Dia 2 – sábado, 24/12/2011
Pela manhã, aproveitamos a maré bem baixa para repetir as piscinas naturais. Como o tempo de cada visita é muito curto, vale a pena uma segunda ida. À tarde, compramos o famoso passeio ‘ponta a ponta’ de bugie. Isso quer dizer que fomos às duas praias à direita e às duas praias à esquerda da Vila, que compõem a totalidade de Porto de Galinhas. Na Cupe, não vi nada de mais, apenas a faixa de areia e o mar aberto. Já Morro Alto, onde estão localizados os big resorts da região, são outros 500. Protegida por uma barreira de rochas, a praia vira uma espécie de piscina com águas mornas. Vale pedir para o bugeiro deixar vocês ficarem lá a maior parte do tempo e reduzir o resto das praias. A próxima é Maracaípe, local de surfistas que também optamos por não conhecer. Na última, Pontal do Maracaípe, dizem que ver o pôr do sol é bonito, mas, como pegamos chuva, não pudemos confirmar. Existe também um passeio de jangada feito pelo Projeto Hypocampus, que leva o turista para ver os cavalos marinhos nos mangues. Ouvi relatos de que é legal, mas demora quarenta minutos e resolvemos não fazer. Visitamos um trecho do mangue que fica junto à praia, batemos fotos e voltamos para a pousada gelados pela chuva. Como era noite de Natal, encomendamos comida em um restaurante ao lado da ‘rodoviária’ e que fica pertinho da pousada onde estávamos. Restaurante Bambu, comida regional excelente para brindar na piscina uma Noite Feliz pernambucana.
Dia 3 – domingo, 25/12/2011
No terceiro dia, fizemos o passeio de catamarã até a praia de Carneiros. A primeira parada é em uma extremidade do rio, onde ocorre o famoso ‘banho de lama’ rejuvenescedor, que não passa de uma bolinha de argila que o guia dá para as pessoas se esfregarem. Em seguida, para em meio ao mar no que é chamado de praia flutuante – um grande banco de areia que só aparece na maré baixa. Além do banho de mar quentinho, a paisagem semi lunar no meio do oceano é fantástica. Em seguida, o barco para em uma formação de pedra onde ocorre o mesmo fenômeno das piscinas naturas de Porto de Galinhas. Mas, ali, elas são muito menores e lotadas de excursões.
Só depois disso chega-se à Praia de Carneiros, uma estreita faixa de areia orlada por coqueiros verdejantes e mar verde e morno. Só há dois restaurantes, caríssimos, e você é encaminhado para aquele que tem convênio com o seu catamarã. Pelo menos você passa o dia com estrutura completa, com guardas-sóis, espreguiçadeiras e chuveiros à disposição. Mas se não quiser ficar atirado ao sol, você pode nadar ou caminhar até a centenária igreja de São Benedito, um templo pé de areis que se tornou o cartão postal do local. À noite, voltamos ao centrinho, desta vez para experimentar a pizza cone, que está em todos os cantos da cidade. É como uma empada com recheio de pizza. Boazinha, mas nada excepcional. Caminhamos pelas lojinhas, compramos artesanatos de galinhas para todos os parentes e escolhemos o passeio do dia seguinte: Maragogi, já no estado de Alagoas.
Dia 4 – segunda, 26/12/2011
Acordamos cedo para uma hora e meia de van até Maragogi, a primeira praia de Alagoas, ao sul de Porto de Galinhas. Lá está o terceiro maior aquário natural do mundo, 6 km para dentro do mar, onde uma formação rochosa fechou uma espécie de ‘piscina’ rasinha, morna e cheia de corais e peixes coloridos. O mar é tão verde que dói e o passeio vale a pena, mas pegamos de novo chuva e frio e fiquei com a impressão de que a melhor parte ficou só no folheto de turismo mesmo. De noite, de volta ao centrinho, para um jantar mais caro, mas saborosíssimo, no famoso Barcaxeira. Lá, eles servem mandioca com diversos tipos de recheio. A de carne de sol com queijo cheddar é um espetáculo.
Dia 5 – terça, 27/12/2011
No último dia, escolhemos voltar a Porto de Galinhas, sentar em uma barraca e aproveitar o sol até o último momento. Reprisei o queijo coalho com mel, rapadura de doce de leite e litros de água de coco. A maré super baixa transformou o mar em uma piscina deliciosa na maior parte do dia. Quando subiu, hora de voltar para a pousada e arrumar as malas. Antes de partir um último pulinho no centro para pegar um milk shake de passas ao rum e tomar sentada na areia, assistindo um pôr do sol indescritível.