Página inicial AméricaBrasil Paraty (RJ)

Paraty (RJ)

por Escolha Viajar
Paraty
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Visitar Paraty é certeza de voltar ao tempo da Colônia
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A Praia do Meio é o refúgio ideal para o fim de tarde em Trindade
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A própria Maria Izabel serve pinga para degustação
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O Poço dos Ingleses é um oásis de silêncio e beleza
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Paraty não tem praia, mas sobram cores e beleza na baía
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A Cachoeira da Pedra Branca é a mais bela da região
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O casario colonial é a marca registrada da cidade
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Trindade (RJ) - Brasil
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Paraty é destino obrigatório para amantes de cachaça

CLIMA: mesmo para quem gosta de calor, a melhor época para visitar a cidade de Paraty é o inverno, quando os termômetros desabam  para temperaturas bem agradáveis graças a ação dos ventos na região. As noites fresquinhas e dias ensolarados – a estação é de poucas chuvas – giram entre 12°C e 27°C. Já no verão, chove bastante e as temperaturas oscilam entre 23°C e 38°C.

COMO CHEGAR: de São Paulo (320 km), Paraty pode ser alcançada pela BR-116 – Via Dutra. Na altura de Barra Mansa, é preciso entrar à direita na estrada RJ-155 e seguir 80 quilômetros até o entroncamento com a BR-101 – Rio-Santos. Dali até Paraty são mais 85 quilômetros de viagem. Outra opção é seguir até São José dos Campos e descer pela Rodovia dos Tamoios (SP 099) até Caraguatatuba e daí pelo litoral até Ubatuba. Em seguida, pega-se a BR- 101 – Rio Santos até Paraty. Há ônibus em vários horários pela empresa Viação Reunidas Paulista. Saindo do Rio (256 km), é só seguir pela BR – 101 – Rio-Santos até chegar a Paraty. Quem faz o trajeto de ônibus é a Viação Costa Verde. Não há ônibus direto de Belo Horizonte para a cidade. É preciso pegar o carro da Viação Útil até Angra dos Reis e lá fazer a baldeação.

HOSPEDAGEM: achamos que havíamos descoberto um excelente local para ficar em Paraty, mas infelizmente não posso recomendar a Historic Center House. É uma pousada com poucos quartos, simples, mas deliciosa, localizada em um casario colonial típico da cidade, em plena rua de pedra (é preciso deixar o carro a cerca de duas quadras de distância). O preço é econômico, inclui café da manhã, e saímos de lá satisfeitíssimos para passar o dia nas praias de Trindade, de onde voltaríamos direto para São Palo. No entanto, no fim da tarde, notei que havia esquecido meu celular na pousada, pois o uso como despertador e coloco embaixo do travesseiro. Voltamos para pegar, mas ele havia desaparecido e o dono se recusou a culpar a funcionária responsável. Acabei saindo de lá sem celular ou qualquer ressarcimento, sequer um pedido de desculpas!

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COMO SE LOCOMOVER:
Táxi – não são necessários, já que, se você não estiver de carro, pode contratar tours para percorrer os pontos turísticos fora do centro.
Transporte público – há ônibus locais para Trindade e que passam pela estrada Paraty-Cunha, onde estão cachoeiras, alambiques e o Caminho do Ouro. Mas alguns desses pontos ficam afastados da rodovia, podendo ser necessário uma boa caminhada. Contratar um tour é mais recomendado, se você não estiver de carro.
Carro – pelo que já foi dito acima, posso afirmar que é o melhor meio para conhecer a região.
A pé – é a única forma de se locomover no Centro Histórico, onde automóveis não entram, Mas você não poderá passar disso se não tiver outro meio de transporte, pois as belezas naturais e alambiques de Paraty estão nos arredores da cidade.

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ROTEIRO:

Dia 1 – sábado, 31/08/2013

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O sábado de céu totalmente azul foi a primeira coisa linda que vi em Paraty. Muitas outras viriam pela frente. A segunda foi a Cachoeira da Pedra Branca, que acessamos pela estrada Paraty-Cunha (entre à direita depois da primeira ponte e siga as placas). Descrita pelos guias como a mais bonita da região, ela reúne duas quedas d’água – uma maior e outra acima, menor – com piscinas naturais de água limpíssima e banho liberado. Para entrar é preciso pagar uma taxa, mas ela se justifica pela limpeza do local, com banheiros à disposição, e degraus que foram construídos para que se possa subir pela pedra até a segunda queda. Seria possível passar horas lá, balançando os pés na água, mas tanta facilidade no acesso tem seu preço: perto do meio-dia, com o calor no auge, a cachoeira estava lotada de grupos de excursão que chegavam em caminhonetes 4X4 que lembram caminhões de ‘boias frias’. Como não somos fãs de barulho e agitação, decidimos explorar uma queda menos famosa na região, que fica no mesmo caminho que leva até a Pedra Branca. Para chegar ao Poço dos Ingleses é preciso ter atenção à minúscula placa que indica a entrada da trilha e deixar o carro na estrada. São 150 metros na mata até uma deslumbrante piscina natural em meio a uma abóboda de árvores. Além da beleza do lugar, não havia ninguém lá e pudemos tirar fotos à vontade, molhar os pés e curtir alguns minutos de descanso sentados nas pedras.

O Poço dos Ingleses é um oásis de silêncio de beleza

O Poço dos Ingleses é um oásis de silêncio e beleza

A segunda parte do nosso dia foi para o lado oposto. Pegamos a rodovia Rio-Santos na direção da capital carioca por cerca de 7 quilômetros. Chegando no restaurante Casquinha de Siri, indicado como referência na estrada, tivemos que perguntar a direção porque não havia nenhuma placa de indicação. Achada a entrada (a primeira à direita depois do restaurante), são mais cinco minutos subindo e descendo o morro até chegar ao alambique da Maria Izabel. Esse é o nome tanto da dona quanto da cachaça premiada que ela produz em seu sítio sobre as montanhas à beira-mar. Como há vários outros alambiques na região com acesso muito mais fácil, não havia ninguém lá e a própria Maria Izabel nos abriu o galpão onde trabalha com mais 3 funcionários. Não bastasse a vista maravilhosa, fizemos uma degustação gratuita de todos os tipos de cachaça feitos ali e ouvimos as histórias da ex-pescadora que começou a moer cana com um gerador a diesel, pois não havia luz elétrica lá. No caminho de volta para Paraty, paramos em um pequeno café – da Barra -, que oferecia vista para o mar. Ali nos deparamos com a melhor surpresa gastronômica da viagem: banana da terra frita com canela e sorvete de creme. Uma das melhores coisas que já comi na vida, sem exageros. Dedicamos a noite ao Centro Histórico de Paraty. Depois de andar sem rumo, só apreciando a luz dos lampiões sobre as ruas de pedra, escolhemos o bar Barril para sentar. Encerramos o primeiro dia com cerveja artesanal feita na cidade e ‘calabresa na cachaça’. Eita!

A própria Maria Isabel serve sua pinga para degustação

A própria Maria Izabel serve sua pinga para degustação

Dia 2 – domingo, 01/09/2013

Foi com sol a pino que levantamos pela manhã para dar mais um passeio pelo Centro Histórico, dessa vez à luz do dia. Bandeirinhas no estilo São João coloriam ainda mais as ruas, naturalmente enfeitadas pelas casas coloniais que são marca registrada de Paraty. Não resistimos a dois clichês locais: tirar zilhões de fotos e comprar algumas ‘marvadas’ no Empório da Cachaça, uma ‘instituição’ que oferece mais de 4 mil rótulos. Ficamos tentados pelos passeio de barco pela baía, mas acabamos optando por um programa mais low cost: passar o resto do dia na vizinha Trindade, que reúne algumas das mais belas praias da região. O município fica a 20 km pela Rio-Santos, na direção São Paulo. O lema da cidade – pintado na placa de boas-vindas – não poderia ser mais verdadeiro: ‘onde a montanha encontra o mar’. Trindade tem uma sucessão de baías e enseadas de mar verde ou azul, bravo ou calmo, tudo cercado pela exuberância dos morros cobertos de Mata Atlântica. É só escolher uma que se adeque ao seu estilo – ou tempo, já que algumas só tem acesso por trilha -, estender a canga na areia e curtir o dia.

Na Praia dos Ranchos, Trindade lembra o Caribe

Na Praia dos Ranchos, Trindade lembra o Caribe

Nossa eleita foi a Praia dos Ranchos, onde rochedos fazem a moldura da parte direita da baía principal de Trindade. Não só a beleza nos atraiu como a facilidade para chegar, comer e beber, já que só tínhamos uma tarde para conhecer o lugar. Almoçamos num restaurante pé de areia, subimos nas pedras por meio de uma pequena trilha que sai da ponta da praia e mergulhamos nas águas que, de tão verdes e cristalinas, lembram o mar caribenho. Quando o sol sumiu por trás das montanhas, caminhamos 5 minutos para chegar até a Praia do Meio, onde a claridade se estende por mais um tempo. Imitamos as pessoas que estavam no local e subimos na pedra que divide as areias ao meio. Não teve pôr do sol, mas ver o entardecer mudar as cores do mar e da terra, embalados por um rapaz que tocava violão para a namorada, foi lindo mesmo assim!

A Praia do Meio é o refúgio ideal para o fim de tarde em Trindade

A Praia do Meio é o refúgio ideal para o fim de tarde em Trindade

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