Ir à Polinésia Francesa sem ficar hospedado em um bangalô sobre as águas é como ir ao Rio de Janeiro sem ver o Cristo Redentor, ou ao Vaticano sem ver o papa. Praticamente um sacrilégio. As grandes redes de hotéis tomaram conta das melhores praias deste conjunto de cinco arquipélagos encravado no meio do Pacífico Sul e lá ergueram pequenos apartamentos sobre as águas translúcidas. Uma experiência única e que todos nós merecemos ter um dia, só que custa muito dinheiro. Mas não temam, viajantes! Existem lugares onde se hospedar na Polinésia sem tanto glamour ou zeros no preço, e ainda assim próximos de algumas das praias mais belas do mundo.
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Bora Bora é a ilha mais procurada pelos turistas – e considerada por muitos como o lugar mais romântico do mundo -, por isso, este é o lugar mais caro onde se hospedar na Polinésia. O céu é o limite para uma diária de resort por lá, mas vamos exemplificar com o preço da ‘villa premier com piscina privativa’ do Four Seasons: US$ 8.035. Por isso, um bom truque para economizar na hospedagem sem abrir mão do luxo é reservar uma acomodação mais simples em Bora Bora e escolher alguma das outras ilhas para se esparramar na cama king size de um bangalô ‘overwater’. Você não vai perder nada em termos de beleza, e ganhar uma boa sobra no bolso para aproveitar em passeios e refeições. Saiba onde se hospedar na Polinésia Francesa, do luxo ao super barato.
Onde se hospedar na Polinésia – Moorea por US$ 539
Você acorda pela manhã com o reflexo do mar entrando pela sacada e batendo nos seus olhos. Então levanta, sai para seu deck de madeira particular e quase fica cego, não pela luz do sol, mas pela estonteante cor verde fluorescente do mar. Peixinhos coloridos singram calmamente na água sob os seus pés. Uma garrafa de champanhe gelada aguarda o dia começar no frigobar. É uma experiência única. Um bom lugar onde se hospedar na Polinésia e vivê-la sem ir à falência é o Hilton Moorea Lagoon Resort and Spa, localizado na paradisíaca ilha de Moorea. Uma diária em bangalô sobre o mar custa US$ 539 sem café da manhã, e US$ 875 com a refeição incluída.
O primeiro destaque deste resort é a educação e solicitude dos funcionários. Não se espera menos de um hotel cinco estrelas, mas o modo como todos passam por você sempre dizendo ‘iaorana’ ou ‘mauruuru’ – ‘bom dia’ e ‘obrigada’ na língua taitiana – soa realmente acolhedor. O segundo destaque vai para a infraestrutura. O Hilton dispõe de uma bela praia privativa com várias atividades disponíveis, como snorkel, caiaque, jet ski, pesca, mergulho e stand up paddle (nem todas são gratuitas). Além disso, oferece piscina, academia, quadra de tênis, spa, três restaurantes e três bares, sendo um deles sobre o mar, em meio aos bangalôs.
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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
Os bangalôs sobre as águas do Hilton são verdadeiras casas dos sonhos sobre as águas mais verdes e transparentes que você poderia imaginar. Eles dispõe de cama extra grande, frigobar, ar condicionado, banheira, sacada e um delicioso deck particular com saída direta do quarto para a ‘lagoon’ – a piscina natural formada pela água do mar represada pelos corais que circundam a ilha. Basta colocar a máscara, pular na água e fazer snorkel por horas com os peixes coloridos. À noite, podem ser avistadas arraias e pequenos tubarões galha-preta (sem pânico, eles comem apenas peixes). Mas se quiser ver a água sem sequer levantar da cama, basta espiar pelo trecho de vidro do chão do quarto.
No fim da tarde, pegue uma cerveja Hinano – a única produzida na Polinésia -, e vá ver o entardecer no pequeno píer do hotel. O sol se põe nas montanhas, e não no mar, mas as cores do céu e da água ficam lindas de qualquer forma. Depois, vá para o bar Eimeo aproveitar as promoções da happy hour. Você pode desfrutar de dois drinques com guarda-chuvinhas coloridos pelo preço de um, além de uma vista de primeira. Nossa dica para o jantar é o bar molhado, que fica sobre as águas e oferece uma bela variedade de crepes deliciosos. Mas o melhor não é nem a comida, e sim ficar vendo os tubarões passarem de um lado para o outro lá em baixo.
Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
Para amenizar os gastos no Hilton Moorea Lagoon Resort and Spa, aproveite o farto e variado bufet de café da manhã – que é servido até as 11h – e faça dele seu almoço. Compre água, cerveja, petiscos e refrigerantes no supermercado do vilarejo próximo, ou na própria loja de conveniências que fica dentro do hotel, e estoque tudo no frigobar do quarto. Aproveite o acesso gratuito à internet wi-fi no bar Eimeo e no restaurante Arii Vahine, pois nos quartos ela é paga (e cara). Aliás, são raros os lugares onde se hospedar na Polinésia que não cobram pelo uso da rede mundial de computadores. Depois, relaxe e esqueça a hora de pagar a conta. Afinal, todo mundo merece alguns dias em um lugar como esse!
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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
Onde se hospedar na Polinésia – Bora Bora por US$ 132
Por ser a ilha mais famosa da Polinésia, Bora Bora desenvolveu uma infraestrutura turística gigantesca. Apesar de ser mais caro passar as férias em um resort aqui do que em Moorea, por exemplo, também é muito mais fácil encontrar opções onde se hospedar na Polinésia sem abrir um rombo no seu orçamento de viagem. Uma delas é o Village Temanuata, pousada familiar localizada na praia de Matira, considerada uma das mais belas do mundo. A diária em bangalô pé de areia – alguns com vista para o mar – custa a partir de US$ 132, sem café da manhã.
A faixa de areia particular da pousada não é a mais linda onde se hospedar na Polinésia, já que ela está localizada na ilha principal de Bora Bora, próxima ao vilarejo de Vaitape. Mas é excelente para relaxar no fim de tarde: árvores sombreiam o local, que conta com mesas, espreguiçadeiras e cadeiras. Mas praia não é um problema no Temanuata. Basta caminhar cinco minutos para poder desfrutar da beleza de Matira Beach, que é pública – gratuita – e dói os olhos de tão linda. Em Bora Bora, as praias mais bonitas ficam nos motus – ilhotas que circundam a ilha principal -, onde estão também a maioria dos resorts. Mas não se preocupe, pois Matira não fica devendo nada em beleza a nenhuma delas.
Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
Para chegar à pousada, é preciso pegar o serviço de ferry gratuito disponível entre o aeroporto de Bora Bora – que também fica em um motu – e a vila de Vaitape. De lá até a pousada são mais 15 minutos de carro, sendo possível agendar um transfer pago no momento da reserva. A pousada conta com uma dúzia de bangalôs que comportam de duas a cinco pessoas. Os dois que ficam de frente para o mar são mais caros do que os outros. Todos são pequenos, simples e com paredes e telhado de palha – no estilo tradicional polinésio.
Mas são muito limpos, têm armário, cofre, frigobar, louça, terraço com mesa, ventilador, micro-ondas e chaleira elétrica. O banheiro deixa um pouco a desejar: a iluminação é ruim e há apenas ducha de mão, sem possibilidade de prendê-la na parede. Também não há internet nos quartos ou área comum. O único modo de acessar a rede mundial de computadores é comprando um plano de wi-fi na recepção. Mas são raros os lugares onde se hospedar na Polinésia que não cobram pelo uso da internet. O Temanuata é administrado por um casal de franceses que derrapa um pouco no inglês, mas se esforça muito em solicitude e simpatia quando percebem que você não está entendendo nada do que eles falam.
Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
Na recepção é possível pedir indicações de passeios e orientações básicas de como chegar à praia, quais são os supermercados mais próximos e em quais horários funcionam, assim como bares e restaurantes. Todos os estabelecimentos comerciais ficam a no máximo dez minutos de caminhada da pousada. Também é possível alugar bicicletas para ir até o vilarejo de Vaitape, ou caiaques para chegar ao Jardin du Corail – um excelente ponto de snorkel – sem ter que pagar por um tour de barco.
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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar
*** O Escolha Viajar esteve na Polinésia Francesa em novembro de 2014 ***