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O que fazer na Irlanda do Norte: 4 atrações que são imperdíveis

O que fazer na Irlanda do Norte - Giant’s Causeway

Você com certeza já sonhou e planejou uma viagem ao Reino Unido, Irlanda ou aos dois juntos, não mesmo? Mas aposto meu lugar no céu como a Irlanda do Norte não passou nem pela sua cabeça, nem pelo seu roteiro. É um erro comum, já que o país viveu dias de violência religiosa até 30 anos atrás, algo que costuma afugentar os turistas. E chamo de erro porque há muito o que fazer na Irlanda do Norte, que hoje vive em paz. E são atrações de cair o queixo! E você não precisa de mais do que dois ou três dia para conhecer os ‘high lights’ deste país dividido por muros e calçado por gigantes.

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Por tratar-de de um território muito pequeno, tudo o que fazer na Irlanda do Norte está na capital, Belfast, ou a uma curta distância dela. É possível inclusive fazer ‘day tours’ desde Dublim, a capital da Irlanda, para Belfast ou até a Giant’s Causeway (com passagem pela ponte Carrick-a-Rede). Caso prefira se deslocar por conta própria, há inúmeros horários de ônibus que percorrem a distância de apenas uma hora e meia entre as duas Irlandas. Quem vem da ilha britânica pode voar desde Londres, Edimburgo e outras cidades; ou pegar o ferry que sai de Cairnryan (Escócia) e Liverpool (Inglaterra). Confira o que fazer na Irlanda do Norte: 4 atrações que são imperdíveis!

O que fazer na Irlanda do Norte – Muro de Belfast

Pode soar um tanto sério no primeiro momento, mas uma das principais atrações da Irlanda do Norte são os vestígios da guerra que católicos e protestantes travam por lá há mais de 400 anos, quando ingleses passaram a colonizar a ilha. Embora o conflito normalmente seja reduzido à nominação religiosa, hoje ele trata basicamente da independência do país do Reino Unido. Digo conflito porque irlandeses e ingleses foram às vias de fato com agressões, assassinatos por ódio e atentados,  muitos envolvendo o grupo paramilitar IRA (Exército Republicano Irlandês).

A violência diminuiu muito nos últimos anos, principalmente depois que o IRA aceitou se desarmar em 2001, em um acordo costurado pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton. E, como toda guerra que passa, a da Irlanda do Norte também virou atração turística. Suas principais marcas são visíveis em Belfast, a capital do país. Lá, os bairros católico e protestante ainda são divididos por um longo muro, cujos portões são fechados todos os dias às 18h. Boa parte dele foi coberta com grafites e mensagens de paz, muitas deixadas por turistas.

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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

Além do muro, há monumentos, bandeiras e pinturas nas casas e praças, homenageando os heróis do IRA ou a rainha da Inglaterra, dependendo de qual lado você faz a visita. Você percorrer os bairros por conta própria, a pé, e ver tudo isso, mas é difícil saber a história e significado de tudo sem um guia. Para resolver esse problema é possível contratar um serviço de tour comum, mas não é assim que se faz na Irlanda do Norte, hehe.

A tradição é chamar um táxi turístico. Até três pessoas podem embarcar e dividir o passeio, feito nos famosos ‘black cabs’ – os carros antigos e pintados de preto. Normalmente, o motorista e guia é um antigo morador da cidade, que vivenciou parte da violência dos anos de chumbo do conflito e tem muitas histórias para contar. Até por isso, eles costumam perguntar se os turistas são católicos ou protestantes antes de começar o passeio. Várias empresas de Belfast e mesmo taxistas ‘free lancers’ oferecem o tour, que custa 30 libras.

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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar


O que fazer na Irlanda do Norte – Titanic Quarter

Pouca gente sabe, mas o Titanic é uma das grandes atrações do país e item obrigatório quando o assunto é o que fazer na Irlanda do Norte! Ele foi construído lá pela companhia White Star Line, nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast. Como berço do navio mais famoso de todos os tempos, a capital da Irlanda do Norte abriga um museu super moderno e um bairro inteiro dedicado a ele: o Titanic Quarter. Comece seu passeio visitando o SS Nomadic, o navio auxiliar do Titanic.

Foi ele que embarcou 274 passageiros da cidade de Cherbourg, já que a embarcação era grande demais para o calado daquele porto. O Nomadic é a única embarcação da companhia ainda existente e foi totalmente restaurado. O ingresso para visitação custa 7 libras apenas para o navio ou é liberada mediante apresentação da entrada para o museu do Titanic. O horário de funcionamento e outras informações podem ser consultados no site oficial do Nomadic.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

Logo atrás do Nomadic fica o Titanic Belfast, o maior museu do mundo dedicado à história trágica do navio. Ele foi construído exatamente no mesmo lugar que um dia abrigou os escritórios de desenho da Harland & Wolff, de onde saíram as plantas do Titanic. Ponto alto do Titanic Quarter, o prédio ultramoderno oferece quatro andares de exposições interativas, além de milhares de fotos e registros históricos.

A entrada simples custa 17,5 libras e dá direito à visita ao SS Nomadic. Há diversos tipos de pacotes de ingressos disponíveis, com direito a guia, foto e até mesmo chá servido em louças que imitam as do navio. Para consultar todos os preços e também o horário de funcionamento, consulte o site oficial do Titanic Belfast. O museu abre o ano todo, menos de 24 a 26 de dezembro.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

Atrás do museu ficam as rampas (slipways) de onde o Titanic e seu irmão gêmeo, o Olympic, foram lançados ao mar pela primeira vez (na foto abaixo). O local foi transformado em uma praça onde, além do plano do navio desenhado em tamanho real no chão, você pode ver um mural com os nomes de todas as vítimas fatais do naufrágio. À noite, luzes de LED desenham no solo o formato do Titanic e do Olympic lado a lado.

Além das rampas, você pode visitar ainda no Titanic Quarter as docas secas onde o navio foi construído e onde esteve em terra firme pela última vez. O local fica a cerca de 10 minutos de caminhada do museu e cobra uma entrada à parte, no valor de 5 libras. A antiga casa de bombas do Titanic hoje abriga o centro de visitantes das docas e tem em exibição as gigantescas bombas usadas na construção, assim como outros equipamentos hidráulicos. Consulte mais informações no site da Titanic’s Dock & Pump-House.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar


O que fazer na Irlanda do Norte – Ponte Carrick-a-Rede

O que fazer na Irlanda do Norte? Atravessar uma ponte, ué! Mas não qualquer ponte. A Carrick-a-Rede é uma icônica ponte de cordas que se pendura sobre os penhascos da costa norte do país há pelo menos 350 anos. Construída por pescadores para ligar a ilha a uma ilhota próxima, onde os barcos ficavam ancorados, hoje ela se tornou uma das atrações da Irlanda do Norte pelo valor histórico e beleza da paisagem que a cerca. A ponte de corda fica 30 metros acima do mar e é capaz de fazer alguns corajosos tremerem se olharem para baixo, hehe.

A Carrick-a-Rede é uma reserva localizada 100 quilômetros ao norte de Belfast, em Ballintoy. Para chegar lá, a primeira opção é alugar um carro, setar o GPS e encarar dirigir na mão inglesa (faça sua cotação aqui). A segunda é usar transporte público. Você pode pegar um trem ou ônibus desde Belfast até a cidade de Coleraine (linha Goldline Express 218) e, lá, conectar com outro ônibus que segue até Ballintoy (linha Causeway Rambler 172/402).

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

No total, a viagem dura entre 2h30 e três horas. Para mais informações sobre preços e horários tanto dos ônibus quanto dos trens, acesse o site da Translink. A terceira opção é subir a bordo de um ônibus de turismo. O passeio em grupo é uma boa opção, pois ele percorre a bela Antrim Coast Road, que bordeja o Atlântico Norte, e ainda para em outras atrações turísticas, como os castelos Carrickfergus e Dunluce, além da famosa Giant’s Causeway.

De tour, você terá cerca de uma hora para visitar o lugar. Nunca é muito bom ficar com o tempo contado, mas 60 minutos são suficientes para apreciar a vista da trilha pelos penhascos até a ponte, atravessá-la, visitar a minúscula ilha e fazer o caminho de volta até o estacionamento. O acesso à reserva onde fica a ponte é livre, mas é preciso pagar para atravessá-la. O preço é de 9 libras. Apenas oito pessoas passam pela Carrick-a-Rede a cada vez, por isso filas costumam se formar para entrar e sair.

Os horários de funcionamento são das 9h30 às 15h30 em janeiro e fevereiro, até 18h de 1º a 20 de março, até 19h de 21 de março a 3 de abril, até 18h de 4 de abril a 29 de maio, até 19h de 30 de maio a 4 de setembro, até 18h de 5 de setembro a 30 de outubro, até 15h30 de 31 de outubro a 31 de dezembro (fecha de 24 a 26 de dezembro). O acesso ao estacionamento, casa de chá e trilha costeira pode ser feito do amanhecer ao anoitecer. Todas as informações sobre a Carrick-a-Rede podem ser encontradas no site oficial do governo britânico.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar


O que fazer na Irlanda do Norte – Giant’s Causeway

A ‘Giant’s Causeway’, ou Calçada do Gigante, é sem dúvidas a melhor das atrações do país e não pode ficar de fora de nenhuma lista de o que fazer na Irlanda do Norte. O nome veio da lenda de que um gigante teria tentado construir um caminho entre a Irlanda e a Escócia. Mas a ‘calçada’ é uma formação natural de 40.000 colunas de basalto alinhadas, algumas com até seis metros de altura, resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há 60 milhões de anos. Todas têm a forma de um hexágono e, por isso, quando vistas de cima, lembram o desenho de uma calçada.

As diferentes alturas das pedras formaram figuras de basalto, como o ‘Órgão do Gigante’ e ‘Harpa do Gigante’. Além da calçada principal, que fica a cerca de 20 minutos de caminhada da entrada e que pode ser alcançada pela Trilha Azul, você pode percorrer outras três trilhas dentro da reserva. A Vermelha sobe pelos penhascos e tem de 30 minutos a uma hora e meia de duração (1,2 – 3,2 km). A Verde também vai pelo alto, mas tem acessibilidade para pessoas com deficiência, idosos e crianças (1h30min; 3,2 km). Já a Amarela percorre toda a extensão da reserva, mas não pela beira-mar (40min; 2,9 km).

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

A Giant’s Causeway é uma reserva localizada 97 quilômetros ao norte de Belfast. Para chegar lá, a primeira opção é alugar um carro, setar o GPS e encarar dirigir na mão inglesa (faça sua cotação aqui). Quem opta por ir à reserva em veículo próprio é obrigado a pagar por um ticket de entrada que dá direito ao estacionamento e acesso ao centro de convivência, onde estão as lojas de souvenires, lancherias e banheiros. O preço é de 11 libras se comprado via internet com antecedência (acesse a bilheteria aqui), ou 12,50 na hora.

A segunda é usar transporte público. Há uma linha direta de ônibus que conecta Belfast à reserva em apenas uma hora e meia: a Goldline Express 221. Você pode ainda pegar um trem ou ônibus desde Belfast até a cidade de Coleraine (linha Goldline Express 218) e, lá, conectar com outro ônibus que segue até Ballintoy (linha Causeway Rambler 172/402). No total, a viagem dura entre 2h30 e três horas. Para mais informações sobre preços e horários, acesse o site da Translink.

A terceira opção é subir a bordo de um ônibus de turismo. O passeio em grupo é uma boa opção, pois ele percorre a bela Antrim Coast Road, que bordeja o Atlântico Norte, e ainda para em outras atrações turísticas, como os castelos Carrickfergus e Dunluce, além da famosa Ponte Carrick-a-Rede (já falamos dela mais acima). Com o tour, você terá cerca de uma hora e meia para visitar o lugar. É o suficiente para conhecer as colunas de basalto, mas não para fazer as trilhas.

O centro de visitantes funciona das  9h às 17h em janeiro e fevereiro, das 9h às 18h durante o mês de março, das 9h às 19h de abril a setembro, das 9h às 18h durante o mês de outubro, e das 9h às 17h em novembro e dezembro (o lugar fica fechado de 24 a 26 de dezembro). Já o acesso a pé é livre o ano todo, do amanhecer ao anoitecer. Todas as informações sobre a Giant’s Causeway podem ser encontradas no site oficial do governo britânico.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

*** O Escolha Viajar esteve na Irlanda do Norte em setembro de 2015 ***

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