CLIMA: Nova York possui quatro estações bem definidas. Os invernos da cidade vão de dezembro a março e são frios. Eventualmente, tempestades de neve podem paralisá-la completamente. A temperatura média é de 1ºC. As primaveras são amenas, com máximas que variam entre 10°C e 15°C em março, e 20°C a 25°C em junho. Os verões são quentes e úmidos, com máximas entre 32°C e 38°C, e temperatura média de 23°C. A estação vai de julho a setembro, quando começa o outono no Hemisfério Norte. A chuva não chega a incomodar em nenhuma época do ano, sendo mais frequente em maio, julho e agosto.
FUSO HORÁRIO: uma hora a menos que o horário de Brasília.
DOCUMENTOS: é preciso visto prévio para entrar no território americano em qualquer circunstância, mesmo se for apenas para fazer uma escala de viagem! O passo a passo para obtê-lo – em circunstâncias normais de pressão e temperatura – consiste em preencher o formulário (o de turista é o DS-160), pagar a taxa de solicitação (US$ 160 na época da viagem), agendar a ida ao Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) para colher impressões digitais e outras informações e agendar a entrevista no consulado ou embaixada para a entrega dos documentos. Lembre-se que as entrevistas só podem ser realizadas, por enquanto, em São Paulo, Brasília, Rio e Recife. Feito isso – atualmente é um processo rápido, sendo que as entrevistas podem ser marcadas até para o dia seguinte à emissão do formulário – e tendo comparecido aos dois encontros, são dez dias úteis para a resposta e devolução do passaporte. Atenção: leia todas as instruções do site oficial e também do site da embaixada para preencher o formulário. Erros mínimos podem acarretar a recusa do visto! Já vacinas não são necessárias.
HOSPEDAGEM: o Hostelling International New York tem um preço salgado para a categoria, mas as instalações são extremamente confortáveis, é muito bem localizado, próximo do Central Park e das principais linhas de metrô; além de ter café da manhã incluso, o que não é comum na hospedagem novaiorquina.
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COMO SE LOCOMOVER:
Transporte público – é o essencial para se mover em Nova York se você não quiser gastar uma fortuna em táxis. O metrô atende praticamente toda a cidade, os aeroportos e qualquer ponto turístico que você queira conhecer. Compre o bilhete de 7 ou mais dias, pegue um mapa das estações e se jogue nos subterrâneos de cidade sem medidas. Há muitos ônibus também, mas nem chegamos a utilizar.
Táxi – os famosos ‘yellou cabs’ estão por toda parte, mas podem ser bem caros. Use apenas para casos de emergência.
A pé – não é possível conhecer Nova York a pé, mas há várias caminhadas que podem ser feitas dentro de determinadas regiões, como o Central Park ou a Quinta Avenida. E para ligar um passeio ao outro, basta pegar o metrô.
Carro – não vi necessidade, ainda mais em uma cidade tão lotada de pedestres, principalmente turistas, que podem tornar o trânsito complicado e lento para chegar aos pontos turísticos.
ROTEIRO:
Dia 2 – domingo, 22/12/2013
Chegamos a Nova York sendo surpreendidos pela agradável temperatura de 17ºC em pleno inverno americano. Depois de uma noite inteira no avião e quase duas horas entre o airtrain e o metrô para chegar ao hostel, fomos fazer o que todos os nova-iorquinos fazem nos domingos de manhã: tomar o brunch. Escolhemos a famosa Murray’s Bagel, em Chelsea, pois fica próxima de uma atração que queríamos aproveitar para conhecer com aquele ‘calorzinho’: o High Line. Murray confirmou a boa fama, tanto no saborosíssimo bagle de salmão irlandês quanto na fila de espera, que saía para fora do pequeno estabelecimento. Renovados por litros de café gelado, caminhamos até o parque que se tornou sensação tanto entre turistas quanto entre moradores desde sua inauguração, em 2008. Se a temperatura era de primavera, a paisagem do jardim construído sobre uma antiga linha férrea a metros do chão mostrava a cara do inverno com árvores peladas, folhas forrando o chão e plantas amareladas. Percorremos todo o trajeto sem a menor pressa, parando para fotografar blueberrys, sentando nas espreguiçadeiras ao longo do caminho, admirando a vista do rio Hudson. Já passava muito do meio-dia quando chegamos – literalmente – ao fim da linha e, perto dali, conhecemos outra ‘atração’ da cidade: a megastore BH, especializada em material de vídeo e fotografia. Não fomos a Nova York fazer compras, mas tínhamos uma encomenda natalina a cumprir e foi impossível não passar pelo menos uma hora dentro da loja. Não só por estar lotada em plena semana do Natal, mas porque é um parque de diversões para quem curte engenhocas eletrônicas. Destaque para o sistema que leva os produtos comprados nas diversas áreas dos vários andares do prédio: são mini trilhos suspensos no teto que deixam sua encomenda devidamente identificada direto no caixa! Da BH saímos correndo para chegar a tempo do último cruzeiro do dia pelo Hudson que, no inverno, sai as 16h30, quando já está escurecendo. Mal subimos no barco da Circle Line – a operadora mais famosa e clássica da cidade – e tivemos que sacar nossos gorros, mantas e luvas, pois o vento no meio do rio é de lascar! Mas nada que nos impedisse de gingar de um lado para o outro do convés superior vendo desfilar o skyline mais famoso do mundo iluminado para o Natal – Empire State, Novo World Trade Center, Chrysler Building – e ter a primeira visão, sob os últimos raios alaranjados do sol, da Estátua da Liberdade. Ao fim do passeio, estávamos exaustos demais para pensar em algum restaurante recomendado pelos amigos e paramos no Market Diner, a apenas uma quadra do píer. Hambúrguer delicioso e cerveja Samuel Adams encerraram nosso primeiro dia na Big Apple, pois dali só tivemos força para nos arrastar de volta ao hostel, mesmo sendo apenas 20h!
Dia 3 – segunda, 23/12/2013
Nosso segundo dia seria dedicado à região denominada Lower Manhattan, onde ficam o distrito financeiro de Nova York e, portanto, o local do antigo World Trade Center, além de Wall Street e do Battery Park, de onde partem os cruzeiros até a Estátua da Liberdade. Nossa primeira parada foi na St. Paul’s Chapel, uma igreja que já era histórica por ter sido frequentada pelo primeiro presidente americano – George Washington -, e, depois de ter ficado intacta em meio aos atentados de 2001, se transformou em um local de oração e homenagem às vítimas. Em seguida, a duas quadras de distância, entramos na longa fila do 9/11 Memorial. Naquela hora, o tempo já começava a mudar e uma chuva fina e fria prenunciava a volta do típico inverno novaiorquino. Levamos mais de uma hora para entrar, apesar de ser necessário reservar horário com antecedência pelo site, e, quando chegamos junto às duas gigantescas fontes que marcam o lugar onde estavam as torres de escritórios destruídas nos ataques terroristas, já estávamos ensopados. Mas a chuva não atrapalhou a visita, ao contrário: deu ao local o clima de tristeza que ele merece. Os nomes das mais de 3 mil vítimas, gravados em metal, eram lambidos por gotas de chuva que lembravam lágrimas; e a bruma cinzenta e baixa não deixava ver o topo no Novo World Trade Center, que ainda não foi inaugurado, mas já está lá como um símbolo americano de regeneração. Encerrada a visita, o frio começou a pegar e decidimos adiar o passeio até a estátua. Trocamos os bilhetes no Battery Park – o que não é muito fácil, mas tivemos sorte de ainda haver um horário livre naquela semana – e voltamos ao hostel para colocar uma roupa seca. O tempo não melhorou depois do meio-dia e nossa saída foi conhecer uma atração próxima: o Museu de História Natural, localizado a apenas algumas quadras de onde estávamos hospedados. O local é gigante, mas é fácil de conhecer se você já é um adulto (e não está viajando com crianças), pois a única parte que vale a pena é o quinto andar, onde está a maior coleção de fósseis de dinossauros do mundo. Os outros são preenchidos por dioramas – um nome bonito para bonecos de tamanho real – que contam a história da evolução da humanidade e não despertam realmente nenhum interesse. Já os dinos nos tomaram três horas, não ficando de fora nem a clássica foto com o Tiranossauro Rex que ganha vida no filme Uma Noite no Museu (eu vi, julguem-me). Saindo de lá, cruzamos o Central Park para tentar chegar ao Metropolitan Museum of Art (MET) antes que fechasse, mas o segurança nos fez um belo NÃO com a cabeça quando tentamos entrar. Sem muitas opções na noite chuvosa e fria, descemos caminhando pela Park Avenue para ver algumas decorações de Natal, comemos um bagle horroroso em uma padaria que prefiro não recomendar e tomamos o metrô para o “ponto turístico” da cidade que o Marquinhos mais esperava: uma partida da NBA. Para não pagar os olhos da cara por uma entrada no Madison Square Garden – o mais famoso estádio do país -, optamos por ver um jogo do Brooklyn Nets no moderníssimo Barclay Center. A partida não foi uma Brastemp, mas nos divertimos com o grande evento que os americanos costumam promover ao redor das quadras: muita comida, cerveja, músicas, apresentações de dança e chamadas de incentivo à torcida, embora o Nets estivesse tomando uma lavada do Pacers! Mas isso era apenas um mero detalhe, é claro.
Dia 4 – terça, 24/12/2013
A brilhante ideia de transferir o passeio até a Estátua da Liberdade nos presenteou com um dia de sol e céu azul impecáveis. E de frio, muito FRIO! Os termômetros marcavam -1ºC quando chegamos à imensa fila (sim, mais uma, e outras virão, aguarde) no Battery Park para checar as entradas, passar no detector de metais e, quase duas horas depois, entrar na embarcação que nos levaria até a ilha onde habita The Old Lady. Primeiro, você se amontoa com todo mundo no fundo do deck aberto para fotografar o skyline; depois, vai com a multidão para a grade da direita (não sei como a coisa toda não vira) para registrar a estátua… e depois você descobre que era só esperar todo mundo sair para tirar fotos dos dois ao mesmo tranquilamente, como essa abaixo. Enfim, tudo relacionado ao turismo no Natal nos EUA está ligado a filas gigantes e muita espera, então nem adianta tentar escapar. Demos uma volta pela ilha, nos aquecemos ao sol aos pés do símbolo máximo do país, tiramos fotos de todos os ângulos possíveis e entramos na fila – olha ela aí de novo – para subir ao pedestal da estátua. Sinceramente, não vale a pena pois, além da demorada passagem por outro detector de metais, a melhor visão da Liberdade é aquela que se tem do chão mesmo. Você também pode subir por dentro dela até a coroa, mas é preciso reservar os ingressos com bastante antecedência. O sol já estava baixinho e o frio cortante quando pegamos o barco de volta para Manhattan. Circulamos ainda um pouco pelo distrito financeiro da cidade, indo até Wall Street e vendo a Bolsa de Nova York de longe (um cordão de isolamento não permite a aproximação). Já era noite fechada – embora ainda fossem 17h – quando escolhemos nosso lugar para fazer a ‘ceia’ de Natal: uma das unidades da popular rede Friday’s. O restaurante com cardápio típico americano e decoração anos 50 me conquistou na hora. Comemos deliciosas bufalo’s wings com molhos diversos, nacos de queijo à milanesa com tempero picante e bebemos Budweiser em copos gigantes. Eu não poderia desejar mais nada do Papai Noel. Mas não queríamos que nosso primeiro Natal no exterior terminasse ali. Então fomos para o lugar da cidade onde nunca anoitece: a sempre iluminada Times Square. A avenida estava lotada de turistas que tiveram a mesma ideia e aproveitavam as lojas abertas até a meia-noite. Apreciamos o movimento e os neons até cansar de vez e, aí sim, voltamos para o hostel para um merecido sono natalino.
Dia 5 – quarta, 25/12/2013
Acordamos cedinho para aproveitar a luminosidade do dia de Natal e passear pelo Central Park e nos deparamos com os termômetros marcando… -7ºC! Coloquei as três calças que tinha levado, touca, luvas, três blusas, meu casaco e manta de lã mais quentes, pegamos nosso café da manhã e levamos para tomar sentados nos banquinhos do parque, à beira de um lago. Mas NADA conseguia me aquecer. Mesmo quando o pálido sol deu às caras, por volta das 10h, eu sentia cãibras terríveis nos pés e caminhar pelo lindo lugar era um sacrifício. Imaginem ir ao banheiro… Encarei a temperatura só com os olhos de fora e fazendo massagens periódicas nos pés e nas mãos. Assim, conseguimos passar por todos os highlights do lugar, desde o mosaico em homenagem a John Lenon – ele foi morto nas proximidades – até o rinque de patinação que é montado próximo da Quinta Avenida no inverno. Passamos por lindos lagos semi-congelados, pontes românticas, fontes e alamedas de árvores com galhos nus e tapetes de folhas vermelhas e amarelas em volta. Me deliciei também com as inúmeras aparições de esquilos que, acostumados com a presença dos turistas, não se fazem de rogados em se aproximar e pegar a comida oferecida. Comemos cachorro-quente a US$ 2 e chocolate quente tamanho americano – de balde – enquanto assistíamos aos primeiros patinadores desfilarem no rinque. Mas quando o sol baixou eu já não suportava mais a temperatura e, com dores terríveis nos pés e mãos, tivemos que sair do parque. Demos uma caminhada breve pela Quinta Avenida até achar um… Friday’s! Parece ridículo repetir restaurante estando na cidade com a maior concentração e variedade deles no planeta, mas havíamos gostado tanto no dia anterior (além de o preço estar dentro do nosso orçamento) que repetimos. Experimentamos desta vez costelinhas com molho agridoce fantásticas e um brownie com sorvete – sim, sorvete! Com calefação central fica fácil comer né? – e calda tão bom que me fez tirar uma foto. Mas o esforço de me manter aquecida ao longo do dia cobrou seu preço e eu estava tão exausta que tivemos que voltar cedo para o hostel. Chocolate quente e uma cama cheia de cobertas eram tudo o que eu queria de NY naquele momento!
Dia 6 – quinta, 26/12/2013
O frio não chegou mais aos -7ºC, mas ficou na casa dos 0ºC mesmo durante o dia nos dois últimos da nossa viagem. Botei a cara na rua meio traumatizada pelo sofrimento invernal passado no Central Park, mas logo percebi que a temperatura se tornara tolerável. Então pegamos o metrô e fomos até o lado oposto ao rio Hudson, onde está a Primeira Avenida e, endereçado nela, a sede das Nações Unidas. O prédio quadrado, cinza e feioso não melhorava nada em meio ao céu cor de chumbo, e nem as bandeiras de todos os países membros da ONU tremulando em frente nos atraíram. Demos apenas uma rápida olhada na fachada e registramos a foto antes de girar nos calcanhares e dar meia volta (quem quiser conhecer o lugar por dentro precisa agendar a visita guiada com antecedência). Nosso próximo destino era o Grand Central Terminal, o prédio centenário de onde partem as principais linhas de trem da cidade. No meio do caminho, havia o Chrysler Building, aquele que foi o mais alto de Nova York até que alguém colocou uma antena no Empire State e o desbancou poucos dias depois. A glória foi curta, mas o prédio ainda impressiona pela construção cheia de símbolos americanos, com águias enormes nas esquinas e o topo decorado como se fosse a coroa da Estátua da Liberdade. O Terminal também não desapontou. O lugar é gigantesco e se apresenta aos visitantes com seu enorme salão dourado, onde está o famoso relógio que virou símbolo do Grand Central, sob um teto pintado como se fosse o céu e as estrelas formando os signos do zodíaco. Além disso, nas laterais e no subsolo, se tornou um verdadeiro shopping, com lojas de todos os tipos e nada menos do que 35 restaurantes, entre eles franquias famosas como a Shake Schak e a Magnolia Bakery. Esta última se vangloria de ter as melhores cupcakes do planeta, e compramos uma de manteiga de amendoim e outra de chocolate para comprovar. Bolinhos não são minha sobremesa favorita, mas a Magnolia realmente sabe o faz! Se não estivéssemos cheios do café da manhã ainda, teríamos provado todos os sabores que colorem a vitrine. Melhor ir embora para resistir à tentação e, quando saímos do prédio, uma surpresa nos aguardava: neve! Floquinhos minúsculos, quase invisíveis, rodavam no ar e enchiam minhas luvas pretas de pontinhos brancos! A Serra Gaúcha já viu neve mais forte que aquela, mas era minha ‘primeira vez’ e não consegui deixar de tirar fotos e rir como criança. Os flocos nos acompanharam durante o caminho até a Quinta Avenida e ficaram mais fortes em frente à Biblioteca Municipal, mas desapareceram em seguida. E isso é tudo o que tenho a contar sobre a neve em NY. Seguimos em frente, até os imponentes leões que guardam o prédio famoso pelas aparições em filmes como ‘Sex & The City’ e ‘O Dia Depois de Amanhã’. Uma linda árvore de Natal decorava o hall, todo iluminado com velas. Subimos pelas deslumbrantes escadarias de mármore até os salões de leitura, de onde se tem uma vista inesperada do Empire State através das imensas janelas, e encerramos a visita com uma rápida passada pela livraria local. Andamos então até a famosa casa dos Knicks, o gigantesco Madison Square Garden (assim é o turismo de quem namora um jornalista esportivo, he). Infelizmente, não há muito o que ver das quatro arenas que formam o complexo pelo lado de fora, mas ficou o registro. Também descobrimos que ali é um ótimo ponto para fotografar o Empire State antes de entrar na – mais uma – longuíssima fila para se chegar ao seu observatório. Duas horas depois, desembarcamos no 86º andar, onde fica o terraço ‘comum’ do prédio mais famoso do mundo (quem quiser pagar mais pode subir até o 102º, mas a máquina de tickets estava estragada e desanimamos de descer e ter que comprar na bilheteria láaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa no térreo). Sim, você vai ter que disputar a tapa com uma multidão um espacinho para ver o skyline. Sim, tem aquela grade horrorosa de ferro no caminho. Não, não é a melhor vista da cidade. Mas não existe primeira viagem a NY sem ir ao Empire State certo? Então encaramos tudo isso, mais um frio congelante para ver o compensador pôr do sol sobre New Jersey, do outro lado do Hudson, enquanto a Estátua da Liberdade se tornava uma pequenina sombra azul com o cair da noite e as luzes da cidade se acendiam aos milhões, iluminando até o novo World Trade Center, no extremo sul da ilha. A luminosidade da Big Apple é tanta que dava para ver, lá de cima, o rinque de patinação do Rockfeller Center, que fica embaixo da maior árvore de Natal do mundo. E foi para lá que nos dirigimos, dando antes uma parada para o ‘almoço’ – já eram 17h – no Heartland Brewery, que fica ao lado da entrada principal do Empire e serve um hambúrguer de carne de porco picante delicioso acompanhado de cerveja da casa. Partimos então para o mais que lotado Rockfeller Center, onde a iluminação, o rinque e a árvore valem cada empurrão que se leva. Impossível não se sentir criança de novo olhando uma árvore de Natal de baixo para cima! E ainda assistimos a um pedido de casamento em pleno rinque, com direito ao rapaz de joelho no meio do gelo, anel de brilhantes e tudo o mais! Mas achamos o preço para patinar ali muito alto – cerca de US$ 100 para duas pessoas -, e optamos por ter a experiência inédita no dia seguinte no Central Park, onde as entradas e o aluguel dos patins custariam a metade. Terminamos a noite passeando pela Quinta Avenida e namorando suas extravagantes vitrines de Natal.
Dia 7 – sexta, 27/12/2013
Último dia, hora de acordar cedo e correr para tentar completar todo o roteiro que planejamos pela cidade. Começamos atravessando a ponto do Brooklyn, mesmo com os termômetros marcando 0ºC e um vento de lascar no meio do rio. Mas aconselho a todos a fazerem a travessia, mesmo em condições climáticas adversas, porque ela proporciona ótimas vistas do novo World Trade Center e da estátua da Liberdade. Além disso, do outro lado está o famoso bairro que nomeia a ponte. Caminhamos pelas ruazinhas calmas, cheias de pequenos prédios de tijolos aparentes, até chegar ao Brooklyn Bridge Park, construído em um aterro dentro do rio e muito recomendado no verão por seus restaurantes e atrações culturais. Naquela manhã gelada, estava quase vazio e os lugares, fechados. Mas nos rendeu fotos fantásticas do skyline da cidade e uma parada na Brooklyn Ice Cream Factory. A famosa sorveteria artesanal fica em uma casinha que parece de bonecas bem abaixo da ponte e em frente a outro point gastronômico da região, a Grimaldi’s Pizzeria, que já tinha fila na porta de entrada. Optamos por encarar o sorvete mesmo. Quer dizer, o Marquinhos optou e adorou, enquanto eu me aquecia com o melhor chocolate quente que tomei durante nossa estada na cidade. De volta ao metrô, a Manhattan e ao Rockfeller Center, subimos ao Top of The Rock para, agora sim, ter a melhor vista da cidade. Sem a demora e as grades do ‘rival’ Empire State e de frente para o mesmo, o observatório do 70º andar oferece aos visitantes três níveis de subida, o que evita a aglomeração. No último, não há acrílico nem nada que separe você de outro pôr do sol maravilhoso enquanto as luzes do Empire State se acendem bem à sua frente e o Central Park mergulha nas sombras logo atrás. É imperdível e, se tiver pouco tempo na cidade e for obrigado a escolher entre os dois, fique com o Top of The Rock! Descida a noite, descemos nós também para aproveitar o horário de visitação noturna (só nas sextas-feiras) do Museum of Modern Art (MoMA). Perdemos o MET no fim das contas, mas eu não podia ir embora de NY sem ver as Ninféias de Monet, as Demoiselles d’Avignon de Picasso, a Noite Estrelada de Van Gogh e as famosas latas de sopa Campbell de Andy Warhol. Foi morrendo de fome e quase mortos de cansaço que chegamos ao último ponto do nosso roteiro: o rinque de patinação do Central Park. Compramos as entradas para o último horário, 22h, e , quando entramos na pista de gelo, achei que tinha sido uma péssima ideia, pois não conseguia nem ficar de pé naquela coisa. Mas fomos girando agarrados na mureta lateral até que o equilíbrio começou a aparecer, descobri como empurrar com a trava e… voilà! Antes das 23h, quando o rinque fechou, eu já patinava numa velocidade razoável e sem o apoio do corrimão (embora ficasse pertinho dele, he). Finalizamos nossa viagem com um jantar desesperado no primeiro restaurante descente que encontramos aberto: um Applebee’s! Nada original, mas estávamos sem almoço e já era meia-noite, então nenhum outro hambúrguer ou cerveja no mundo algum dia pareceram tão deliciosos!
2 comentários
Parabéns pelo blog e pelo trabalho! Pretendo conhecer NY ano que vem e as dicas são ótimas!
Obrigada Leonardo e boa viagem!