Quais motivos levariam você a viajar até o lugar mais isolado do mundo? Uma civilização única que nasceu e se destruiu em uma ilha de apenas 170 quilômetros quadrados? Estátuas gigantes de pedra que parecem ter sido esculpidas por alienígenas, e não por mãos humanas? Um tom de mar tão azul que torna este lugar um dos melhores para mergulhar no mundo todo? Cavernas que permeiam o solo e têm ‘janelas’ com vista para o oceano? Se você ainda não se convenceu, lá vai a cartada final: esta ilha no Oceano Pacífico abriga uma das 10 praias mais lindas da América do Sul! Agora eu tenho certeza de que você está morrendo de vontade de ver fotos da Ilha de Páscoa e de sua belíssima única faixa de areia, Anakena.
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Todos os anos, um dos maiores sites de viagens do planeta, o TripAdvisor, divulga o ranking de melhores praias do mundo. O ‘Traveller´s Choice Awards’ é baseado na votação de milhões de viajantes e, em 2016, avaliou nada menos do que 343 praias. Na listagem regional da América do Sul, Anakena apareceu na sétima posição, o que não é pouco para quem tem o litoral do Brasil como concorrente, não é mesmo?
O site descreve Anakena como uma ‘deliciosa praia com vista para os moais e refeições disponíveis’. Se chegar à Ilha de Páscoa é um caminho longo e cansativo, Anakena é de fácil acesso. A única faixa de areia da ilha fica a 18 quilômetros da cidade de Hanga Roa. Basta alugar um carro, pedir um mapa, pôr a roupa de banho e cair na estrada. Com certeza serão suas fotos da Ilha de Páscoa que farão maior sucesso no Facebook!
Mas a fama turística do lugar mais isolado do mundo não se construiu sobre Anakena. Pelo contrário, até pouco tempo atrás era raro ver guias de viagem ou fotos da Ilha de Páscoa que indicavam uma praia no local. O que primeiro levou turistas até a ilha, também conhecida como ‘umbigo do mundo’, foram os fascinantes ‘moais’. Hoje, esta porção de terra pertence ao Chile, mas durante centenas de anos foi habitada por outro povo: o Rapa Nui.
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Foram eles os construtores das estátuas feitas de pedra vulcânica que medem até 10 metros de altura. Há mais de 900 espalhadas pela ilha, muitas tombadas e em ruínas, mas outras tantas ainda eretas sobre suas plataformas, chamadas de ‘ahus’. Nem mesmo os tsunamis que atingiram a ilha ao longo das últimas centenas de anos foram capazes de destruir esses gigantes, mesmo que alguns tenham sido arrastados por mais de 1 quilômetro terra adentro.
Há todo tipo de moai para ser visto: tombados, quebrados, em ruínas, restaurados, ‘fakes’, em construção, sentados, deitados, submersos, voltados para o mar ou para terra, na costa ou no alto do vulcão, solitários ou reunidos em grupos de até 13 sobre seus ‘ahus’. Mas esses prodígios de engenharia, que mais parecem ter vindo do espaço do que das encostas de pedra do vulcão Rano Raraku, foram também a ruína dos Rapa Nui. A escassez de recursos naturais, causada pela construção de estátuas em excesso, levou à fome e guerras tribais que culminaram com a autodestruição.
Restou para o viajante de hoje visitar uma ilha de paisagem singular e encantadora, onde vulcões e cavernas encontram o mar em tons de azul inacreditáveis, enquanto incansáveis gigantes de pedra guardam o horizonte.
Conheça o ‘umbigo do mundo’ em 50 fotos da Ilha de Páscoa:
*** O Escolha Viajar esteve na Ilha de Páscoa em novembro de 2014 ***