Quando se fala em turismo na Polônia, é claro que o primeiro nome que surge na mente é Cracóvia, a joia medieval que foi berço religioso do papa João Paulo II, abrigou a fábrica de Schindler e que serve com base para conhecer o tenebroso campo de concentração de Auschwitz e a fabulosa mina de sal de Wieliczka. Mas muitas gente ainda tem um certo preconceito em viajar para países empobrecidos do leste europeu, uma parte do Velho Continente que se torna cada vez mais popular entre os turistas. Há sempre um imaginário de que esses lugares não são tão receptivos ao turista como Londres ou Paris. Se você é uma dessas pessoas, é melhor ler algumas dicas de Cracóvia antes de viajar.
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Principalmente porque é tudo lenda! A Polônia já é ‘hors concours’ do turismo europeu, recebe os viajantes de braços abertos e tem coisas maravilhosas para mostrar. O fato de ter sido um país assolado pela guerra é triste para o povo local, mas feliz para nós turistas. A empobrecida economia polonesa faz tudo ser baratinho, até mesmo para quem ganha em real! Com exceção de um menu não traduzido aqui, ou algumas pessoas que não falam inglês ali, é muito fácil viajar para lá. Mas é sempre bom conferir algumas dicas de Cracóvia, para saber mais sobre o clima, custos, transporte e curiosidades sobre a cidade e suas atrações. Afinal, o seguro morreu de velho, não é mesmo?
Por isso, confira nove dicas de Cracóvia que você precisa saber antes de viajar:
Dicas de Cracóvia – Faça um ‘free walking tour’
O ‘free walking tour’, ou ‘caminhada gratuita’, é um tipo de passeio muito popular e que está presente em quase todos os países da Europa, inclusive na Polônia. É uma excelente forma de ser apresentado a uma cidade onde você nunca esteve gastando apenas o equivalente a uma gorjeta para o guia (US$ 10 são considerados o suficiente). Ele não é um passeio completo, pois quase sempre é difícil conhecer tudo a pé, e nem entra nas atrações, mas serve como ótimo ponto de partida para visitar os principais pontos turísticos.
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Existe mais de uma empresa operando ‘free tours’ em Cracóvia, todas com passeios saindo da frente da Basílica de Santa Maria, na praça principal. O Escolha Viajar fez e recomenda o da ‘Free Walking Tour’ (nome muito fácil de lembrar, hehe), com saídas em inglês às 10h e 15h30, além de espanhol às 10h30. O passeio dura cerca de quatro horas e vai da da Cidade Velha ao Castelo de Wawel. Essa empresa tem o diferencial de oferecer vários tipos de caminhadas gratuitas, e não apenas uma, como ao antigo bairro judeu ou temática culinária, fotográfica etc.
Dicas de Cracóvia – Nem tudo está em inglês
Embora Cracóvia seja a cidade mais turística da Polônia e uma das mais procuradas do leste europeu, não espere encontrar tudo traduzido para o inglês ou pessoas que falem a língua em qualquer canto. Principalmente se você for fazer uma viagem econômica. Aquele restaurante que fica em uma portinha e serve ‘PF polonês’ por preço de banana não tem cardápio em inglês, nem a mulher do caixa entende uma palavra. É claro que isso não será problema nos restaurantes turísticos ao redor da praça, no guichê da estação de trem ou na entrada de pontos turísticos. Mas, para evitar dificuldades em qualquer lugar, estude um vocabulário básico de polonês antes de viajar. Ou apele para a mímica, hehe.
Dicas de Cracóvia – A fantástica fábrica de sal
Quando você lê por aí que deveria visitar uma mina de sal quando for a Cracóvia, provavelmente pula para a próxima atração sem nem pensar duas vezes. Afinal, quem quer visitar uma mina? Pois a de Wieliczka é uma atração turística surreal e indispensável na sua lista do que fazer em Cracóvia. Não é à toa que mais de um milhão de turistas passam por ela todos os anos. Trata-se de uma das minas de sal mais antigas do mundo, tendo iniciado seus trabalhos no século XIII e espalhando seus 287 quilômetros de túneis por 327 metros de profundidade! Pelo caminho, esculturas, capelas, lagos subterrâneos e uma igreja inteira feita de sal – até mesmo os candelabro do teto.
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A visita consiste em descer 378 degraus de madeira e os túneis que chegam a 135 metros abaixo do nível do mar. Depois, você é levado volta à superfície de elevador (ufa!). Para fazê-la, você pode contratar um tour de meio dia – muitas empresas combinam com a visita ao campo de Auschwitz pela manhã – e ser levado confortavelmente desde Cracóvia até o centro de visitantes da mina, que fica a 10 quilômetros do centro da cidade. Quem preferir ir por conta pode pegar um trem até a estação Wieliczka Rynek Kopalnia; ou o ônibus 304, que sai da Galeria Krakowska e vai até a parada Wieliczka Kopalnia Soli. Confira aqui todas as dicas de como visitar Wieliczka e o que fazer em Cracóvia.
Dicas de Cracóvia – É fácil se locomover
Cracóvia é uma cidade relativamente pequena e onde a maioria das atrações está concentrada no centro histórico. As estações de ônibus e trem também ficam nas proximidades. Mesmo o antigo bairro judeu, que fica fora do ‘Stare Miasto’, pode ser alcançado em uma caminhada de cerca de 20 minutos. Por isso, dificilmente você precisará de algum transporte além dos seus próprios pés para visitar a cidade. São exceções a antiga fábrica de Oscar Schindler – sim, aquele do filme -, que fica a cerca de três quilômetros do centro, e as atrações localizadas em municípios próximos. Entre elas o campo de Auschwitz e a mina de sal de Wieliczka. Os três podem ser alcançados via transporte público ou a bordo de uma excursão.
Dicas de Cracóvia – Não deixe de visitar Auschwitz
Existem algumas atrações turísticas no mundo que são um soco no estômago, mas um soco necessário para compreendermos os erros que cometemos no passado e tentar nunca mais repeti-los. O campo de concentração de Auschwitz é um deles e não pode ficar de fora da sua lista do que fazer em Cracóvia, embora esteja localizado na verdade em uma cidade próxima: Oswiecim. Vá, mesmo que você não goste de guerras, mortes nem nada relacionado a isso. Maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, foi o local de execução de 1,3 milhão de pessoas, sendo 90% delas judeus.
O complexo era dividido em Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro administrativo do complexo), Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio) e Auschwitz III–Monowitz. Destes, podem ser visitados hoje os dois primeiros, já que o terceiro campo foi totalmente destruído pelas tropas alemãs durante a retirada. Em Auschwitz I, você verá o famoso portão com a inscrição ‘Arbeit macht frei’ (o trabalho liberta), inúmeros prédios administrativos onde funcionam museus temáticos, locais de tortura, o paredão de execuções, torres de vigia e fornos crematórios.
Em Auschwitz–Birkenau fica a tenebrosa estação final dos ‘trens da morte’, que levaram prisioneiros de toda a Europa para as câmaras de gás. Estas já não mais existem, pois foram explodidas pelos alemães como forma de tentar ocultar as provas do genocídio cometido no campo. Apenas ruínas estão de pé. Mas você poderá entrar nos alojamentos e conhecer o imundo e diminuto espaço onde os prisioneiros considerados aptos ao trabalho forçado eram amontoados. Confira aqui todas as dicas de como visitar Auschwitz e o que fazer em Cracóvia.
Dicas de Cracóvia – Fique hospedado no coração da cidade
Não existe outro lugar para se hospedar em Cracóvia que não seja o centro histórico. De preferência em um dos prédios ao redor da praça central, ou ‘Rynek Glowny’, e que tenha uma vista como essa da foto para a Basílica de Santa Maria. Além de ficar perto de tudo na cidade – atrações turísticas, estações de ônibus e trem, restaurantes e supermercados -, você ainda poderá fazer isso por preço de banana. Ou menos, porque banana é cara na Europa, hehe.
Dos 1.565 estabelecimentos cadastrados no site de reservas ‘Booking’ em Cracóvia, nada menos do que 600 têm diárias abaixo de US$ 50! E muitos deles estão localizados em pleno coração da cidade. O Escolha Viajar sugere o Cracow Hostel, que é muito bem avaliado, fica na praça e cobra menos de US$ 15 por uma cama em dormitório compartilhado. Com café da manhã, acesso à WiFi e aquela vista.
Dicas de Cracóvia – Prepare-se para gastar pouco
Embora seja um país integrante da União Europeia, a Polônia não aderiu à zona do euro. Um fato a ser sempre comemorado pelos brasileiros que viajam com o desprestigiado real. Mais ainda porque a moeda polonesa, o zloty, vale praticamente a mesma coisa que a nossa (R$ 1 = 1,23). Ou seja: Além de ser uma viagem barata, nem é preciso quebrar a cabeça fazendo conversões. Com alguns pequenos sacrifícios, você consegue fazer uma viagem pela cidade menos de US$ 50 por dia. Refeições e hospedagem são dois dos fatores mais baratos na hora de calcular quando custa viajar para Cracóvia.
Como você viu mais acima, uma cama em quarto compartilhado de hostel muito bem avaliado em sites de hospedagem e com vista para a praça central da cidade sai por míseros US$ 15. Um prato completo acompanhado de canecão de cerveja em um restaurante local – não muito badalado, mas ainda nos arredores da praça – custa US$ 6,50. Lanches no estilo árabe e um refrigerante saem por US$ 4,80. E se quiser economizar ainda mais, deixe para tomar aquela cerveja do fim de tarde não nos populares bares ao redor da Igreja , mas no antigo bairro judeu. O preço cai de US$ 3,10 o copo para US$ 2. Confira aqui o relato completo de quanto custa viajar para Cracóvia.
Dicas de Cracóvia – Quando viajar (clima)
Embora suas fotos fiquem lindas com o céu azul azul e os dias sejam tão longos que você consegue ver muitas atrações, o verão (junho a agosto) não é uma época perfeita para se viajar a Cracóvia. Primeiro, porque a cidade lota com a chegada das férias escolares no Hemisfério Norte do mundo. Isso significa que não apenas os próprios poloneses e europeus estarão livres para viajar para Cracóvia como também americanos, canadenses, chineses e demais orientais. As consequências são preços nas alturas, dificuldades de encontrar vagas de hospedagem, longas filas e atrações turísticas super muvucadas.
Em segundo lugar, porque Cracóvia pode ser surpreendentemente quente no verão! Aquela imagem da cidade toda coberta de neve derrete rapidinho na mente quando você encara temperaturas próximas dos 40ºC. Sem contar que o verão europeu é extremamente seco, então não rola nem aquela chuvinha tropical para refrescar o fim de tarde. E, assim como em todos os países onde o frio predomina na maior parte do ano, a Polônia tem sua infraestrutura preparada para o inverno, não para o verão.
Isso significa que os prédios são feitos de materiais que absorvem calor, janelas de vidros muito grossos e aberturas minúsculas e calefação central, o que os transforma em verdadeiras estufas à prova de ventilação. Além disso, ar condicionado e ventilador são objetos raros, principalmente se você precisa se hospedar em acomodações mais simples e econômicas. Se realmente for viajar para Cracóvia nessa época, garanta que o seu hotel tem algum tipo de refrigeração! E, assim como os poloneses, procure fontes onde se molhar!
Por outro lado, o verão é curto, enquanto o inverno é longo e duro nessa parte do mundo. A estação mais fria do ano é caracterizada por muita neve e longos períodos de geada em Cracóvia. O inverno já dá suas caras em meados de outubro e só vai embora em meados de abril, sendo que o mês mais frio é janeiro. Os termômetros oscilam entre mínimas e máximas médias de -4ºC a apenas 1ºC! Para evitar tantos extremos, escolha uma estação mais amena, como o outono ou a primavera, na hora de planejar sua viagem para Cracóvia.
Dicas de Cracóvia – Brasileiros não precisam de visto prévio
Brasileiros não precisam de visto prévio para viagens a turismo, por até 90 dias, nos 26 países europeus que fazem parte do Espaço Schengen, inclusive a Polônia. Esta é uma zona de livre circulação nas fronteiras, o que quer dizer que você só carimba o passaporte no primeiro e no último país pelo qual for passar. Mas, para entrar no Schengen como turista, é preciso ter em mãos uma série de documentos para comprovar que você não está imigrando ou planejando passar mais tempo que os 90 dias permitidos.
Leve com você um passaporte válido por pelo menos seis meses, a passagem de saída do Espaço Schengen, reservas de hotéis (quem se hospeda em casa de família ou amigos deve preencher uma carta-convite própria de cada país), comprovantes de que possui renda para pagar a viagem (dinheiro, extrato dos cartões de débito ou carta do banco especificando o limite do cartão de crédito) e comprovante de que tem emprego fixo no Brasil, se for possível. Além disso, é obrigatório contratar um seguro de saúde internacional no valor de 30 mil euros. Além de conferir a documentação do viajante, as autoridades poderão fazer uma entrevista para confirmar as informações prestadas.
*** O Escolha Viajar esteve em Cracóvia em junho de 2015 ***