A crise econômica que assola o país a alguns anos, acompanhados de greves e protestos, colocaram a Grécia em uma espécie de berlinda do turismo nos últimos anos. De top 10 na lista de sonhos de quase todos os viajantes do mundo, ela passou a patinho feio da Europa e acabou perdendo muitos visitantes para nações vizinhas no leste do continente que compartilham dos seus preços baixos, mas não dos distúrbios. Tudo isso sem motivo algum, já que, mesmo afundada em dívidas, a Grécia continua sendo um dos países mais incríveis para se visitar no planeta. E a chance de as suas férias virem a ser prejudicadas por alguma greve ou protesto é praticamente nula. Para deixar você tranquilo, elaboramos uma lista com 10 dicas da Grécia que você realmente precisa saber antes de viajar.
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E não existe nada de preocupante nelas. Pelo contrário. Tirando alguns preços abusivos aqui e alguma precariedade de transporte ou comunicação acolá, este é um país muito tranquilo e gostoso de se visitar. Só não vá esperando que, apenas por se localizar na Europa, a Grécia terá a infraestrutura e as facilidades de uma Alemanha ou Suíça. Os muitos anos de crise econômica cobraram seu preço, mas você deve ver isso pelo seu lado bom. Significa que, apesar de ter adotado o euro como moeda, a Grécia é um país bem mais barato para se visitar do que as nações de economia forte da zona. Então pode preparara suas malas, comprar as passagens e embarcar sem medo. E para curtir sua viagem plenamente, confira estas 10 dicas da Grécia!
Dicas da Grécia 1 – Visite a praia mais linda do mundo
Não, a praia mais linda do mundo não fica no Brasil, nem no Caribe, nem no Pacífico Sul. A faixa de areia mais bela em que um ser humano pode por os olhos fica na tradicional e mais do que batida Grécia, e você não pode deixar de visitar! Estamos falando de Navagio Beach, uma combinação de falésias de rocha calcária branca com mar azul celeste e uma minúscula faixa de areia, onde descansa a carcaça de um navio de carga que encalhou naquelas águas durante uma tempestade nos anos 1980. Por isso, a praia também é conhecida como ‘Shipwreck Beach’, ou Praia do Naufrágio.
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Navagio Beach está localizada no noroeste da ilha grega de Zakynthos, ou Zantes, a 35 quilômetros da capital local, Zakynthos Town, e a 325 quilômetros da capital do país, Atenas. Ela faz parte do arquipélago das Ilhas Jônicas, no mar do mesmo nome, situado entre a Grécia e a Itália, e fica muito próxima da Ilha de Kefalonia (uma hora de ferry de distância). Este grupo de ilhas fica bem distante das Cíclades, onde estão as populares Santorini e Mykonos, mas com certeza esta praia vai valer o desvio no seu caminho. Para saber chegar até ela passo a passo, confira nosso post sobre como visitar Navagio Beach.
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Dicas da Grécia 2 – Gatos por todos os lados
Essa dicas da Grécia vai para quem é alérgico, tem medo ou simplesmente não gosta de gatos: eles estão por TODA PARTE no país. Seja nas ilhas, seja em Atenas, seja no interior, há felinos por todos os lados. O motivo? Difícil dizer. O mesmo fenômeno ocorre na vizinha Turquia. O fenômeno oposto ocorre em Santiago, a capital do Chile, onde há cachorros nas ruas por toda parte. O fato é que eles estão lá, portanto leve seu antialérgico, seus lencinhos, respire fundo e se prepare para ter uma convivência pacífica com os felinos. Ou, se você ama gatos como o Escolha Viajar, leve um cartão de memória extra, pois vai se divertir muito fotografando os bichanos a torto e a direito, hehe.
Dicas da Grécia 3 – Comida boa e barata
A Grécia é um dos países mais baratos para se fartar de comer na Europa, por isso, aproveite! Um ‘gyro pita’, o popular churrasco grego enrolado no pão junto com salada, batatas fritas e molho tzatziki, custa entre US$ 2 e US$ 5 em qualquer parte do país. É um delícia e enche a barriga, sendo a refeição perfeita para se fazer ao longo do dia, quando você não quer parar os passeios para procurar um restaurante para comer. Para quem prefere sentar e degustar a comida com mais calma, mesmo em lugares onde tudo parece super turístico e caro, é possível achar um que caiba no seu bolso.
Em Santorini, há refeições por US$ 19 para duas pessoas, desde que você não exija comer com vista para a ‘caldera’. No badalado centrinho de Mykonos, fuçando aqui e ali você encontra preços na casa dos US$ 21 para duas pessoas. Na Praça Monastiraki, em Atenas, lautos almoços podem ser feitos por apenas US$ 28 para dois e com canecão de cerveja incluído! Falando na loira gelada, ela também é ‘facinha’ na Grécia, hehe. A marca mais popular é a Mythos, que, em supermercados, custa menos de US$ 1 a lata de 330 ml e, em restaurante, sai por US$ 3 o copo de meio litro.
Dicas da Grécia 4 – Transporte caro
Transporte é algo que pode encarecer MUITO a sua viagem para a Grécia. Principalmente para quem quer fazer o tradicional giro pelas ilhas gregas. Mesmo que você vá para apenas uma ou duas delas, os preços dos ferries são salgados. O trecho entre a Ilha de Santorini e a Ilha de Mykonos, por exemplo – um dos trajetos mais populares entre os turistas -, sai por US$ 70 por pessoa! Doeu, não foi? De Mykonos para Atenas, outra rota tradicional entre viajantes, são mais US$ 40. Sem falar que, para se locomover dentro das ilhas, você ainda terá que provavelmente alugar um veículo, o que vai elevar ainda mais o quanto custa viajar para Grécia.
Isso porque o transporte público não é muito eficiente e você dificilmente conseguirá ver tudo o que gostaria em dois ou três dias de viagem se ficar dependente dos escassos ônibus urbanos. Em ilhas pequenas, como Mykonos e Santorini, uma scooter ou um quadriciclo são uma boa pedida para rodar por aí sem gastar tanto. A média de custo por pessoa do aluguel + gasolina é de US$ 11 na primeira e de US$ 15 na segunda. Já em porções de terra maiores, um carro se faz necessário. Em Rhodes e em Zakynthos, o preço da diária fica em US$ 28 por passageiro (com combustível). Por isso, é bom economizar algumas moedinhas extras antes de ir para a Grécia – confira aqui todos os custos de uma viagem ao país.
Dicas da Grécia 5 – Não vá para ficar pouco tempo
Quem pensa que uma viagem à Grécia se resume a uma passagem rápida por Atenas para ver o Partenon e dois ou três dias de cruzeiro até a Ilha de Santorini está absurda e redondamente enganado. Se você for até lá e visitar apenas isso, estará perdendo um dos países mais lindos, interessantes e diversificados do mundo em termos de turismo. Além da beleza das mais de 6 mil ilhas gregas e suas praias deslumbrantes, há milhares de anos de história contadas em museus, ruínas da Antiguidade, cidades medievais e mosteiros bizantinos encravados nas montanhas. Por isso, se puder, reserve pelo menos 20 dias de viagem para conhecer tudo o que a Grécia tem a oferecer (confira aqui nossa sugestão de roteiro)!
Dicas da Grécia 6 – Não perca Meteora
As regiões central e norte da Grécia ainda são destino pouco explorado pelos turistas, que costumam se concentrar nas ilhas e na capital, Atenas. Mas existe um lugar encravado no coração do país que você deveria conhecer: os mosteiros de Meteora, localizados na cidade de Kalampaka. Não é à toa que a rede CNN se refere a eles como ‘os mosteiros gregos no céu’, já que estes seis edifícios ortodoxos estão literalmente pendurados em picos extremamente estreitos, que mais parecem dedos apontados para o céu do que rocha firme. Alguns deles estão localizados a mais de 400 metros de altura! Construídos entre os séculos XIV e XVI por monges eremitas, os mosteiros são hoje tombados como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
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Para chegar até Kalampaka, você pode pegar um trem ou ônibus partindo de inúmeras cidades do país, sendo que da capital, Atenas, a viagem dura entre 5 horas (de trem direto) e 5h30 (trem com parada ou ônibus). Para ir da cidade até os mosteiros, existe um ônibus turístico que circula entre a avenida principal e as montanhas ao longo do dia, basta perguntar no seu hotel onde pegá-lo. Embora a visão mais bonita de Meteora seja do lado de fora, todos os seis mosteiros são abertos à visitação, sendo que o ingresso custa 3 euros em cada. Recomendamos que você escolha um ou dois para visitar, já que eles são todos mais ou menos iguais. O maior e mais procurado é o Great Meteora (abre das 9h às 17h e fecha nas terças).
Dicas da Grécia 7 – Nem todo mundo fala inglês
Embora seja um país de primeiro mundo – ou pelo menos localizado nele – e extremamente visitado por estrangeiros desde o século XIX, nem todo mundo fala inglês na Grécia. É claro que você não terá problemas para se comunicar nos hotéis, atrações ou nas cidades turísticas em geral, como Atenas e as ilhas mais populares. Mas se quiser viajar para partes mais remotas da Grécia continental ou ilhas desconhecidas do grande público, você pode acabar tendo que apelar para a mímica para se fazer entender. Mas não se envergonhe quanto a isso, pois os gregos são bastante receptivos e vão tentar ajudar na medida do possível.
Outra observação a fazer é que na Grécia se usa o alfabeto grego, obviamente, e não o latino. E nem sempre existe tradução de placas, cardápios, nomes de estação de trem etc. Se for o caso, novamente não se acanhe em pedir ajuda. Seja de um estranho, seja do Google Tradutor, hehe 😉 .
Dicas da Grécia 8 – Quando viajar (clima)
A Grécia tem um clima, em geral, caracterizado por verões quentes e secos e invernos amenos, mas chuvosos. Por isso, se você está planejando uma viagem para lá para aproveitar as famosas praias e ilhas do país, é melhor evitar os meses da estação mais fria do ano: dezembro, janeiro e fevereiro. Por outro lado, você pode encontrar temperaturas acima dos 35ºC e superlotação turística se escolher viajar na estação mais quente, entre junho e agosto. É nessa época do ano também que venta bastante no muito procurado Arquipélago das Cíclades, onde estão as ilhas de Santorini e Mykonos. Esse vento forte se chama ‘Metelmi’ e ajuda a refrescar um pouco o calor intenso.
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Por isso, a época do ano considerada ideal para tirar férias no país é a primavera – de março a maio, sendo que a primeira quinzena de junho também pode ser bem agradável -, além dos meses outonais de setembro e outubro. Para ajudar no seu planejamento, vamos detalhar um pouco das temperaturas nos dois principais destinos turísticos do país: Atenas e as Cíclades. Na capital da Grécia, os termômetros ficam em média entre os 6ºC e os 15ºC no inverno, subindo para entre 20ºC e 34ºC no verão. Nas ilhas Cíclades, os termômetros oscilam entre 9ºC e 16º no inverno, subindo para de 19ºC a 27º no verão, em média.
Dicas da Grécia 9 – Fuja das multidões
Você leu acima que a Grécia pode ficar superlotada de turistas no verão, mas não dissemos o quanto isso pode estragar a sua viagem: muito! As praias estarão absurdamente cheias, os pontos turísticos terão filas quilométricas, não haverá vagas nos hotéis e os preços subirão às alturas. No Partenon, em Atenas, tirar uma foto sem um papagaio de pirata atrapalhando atrás é missão praticamente impossível. A famosa Praia de Navagio, em Zakhyntos, fica tão lotada de gente e barcos que lembra a tailandesa Maya Bay – a praia do filme ‘A Praia’.
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Em lugares pequenos, como o vilarejo de Oía, na Ilha de Santorini, também é quase impossível caminhar pelas ruelas labirínticas, de tanta gente que há pelo caminho. Até o mítico pôr do sol da ilha perde seu encanto. Se quiser sentar na linha de frente do espetáculo terá que chegar por lá pelo menos uma hora antes do entardecer, mesmo nos meses que antecedem ou logo posteriores à alta temporada. Além disso, assim que o disco dourado se aproxima do horizonte, a multidão começa a pressionar os que estão à frente para ter um espaço para suas fotos. Por isso, se puder, fuja das multidões na Grécia!
Dicas da Grécia 10 – Brasileiros não precisam de visto
Brasileiros não precisam de visto para viagens a turismo, por até 90 dias, nos 26 países europeus que fazem parte do Espaço Schengen, entre eles a Grécia. Esta é uma zona de livre circulação nas fronteiras, o que quer dizer que você só carimba o passaporte no primeiro e no último país pelo qual for passar. Para entrar no Schengen como turista, é preciso ter em mãos uma série de documentos para comprovar que você não está imigrando ou planejando passar mais tempo que os 90 dias permitidos.
Leve com você um passaporte válido por pelo menos seis meses, a passagem de saída do Espaço Schengen, reservas de hotéis (quem se hospeda em casa de família ou amigos deve preencher uma carta-convite própria de cada país), comprovantes de que possui renda para pagar a viagem (dinheiro, extrato dos cartões de débito ou carta do banco especificando o limite do cartão de crédito) e comprovante de que tem emprego fixo no Brasil, se for possível. Além disso, é obrigatório contratar um seguro de saúde internacional no valor de 30 mil euros. Além de checar a documentação do viajante, as autoridades poderão fazer uma entrevista para confirmar as informações prestadas.
*** O Escolha Viajar esteve na Grécia em maio/junho de 2015 ***