A França é o país mais visitado do mundo. O que não quer dizer que seja o mais fácil de se visitar do mundo, nem o mais amigável com os viajantes. A França tem uma série de particularidades culturais que podem ser bem irritantes para nós, brasileiros, e que também encarecem o custo dessa viagem. Além disso, a infraestrutura oferecida ao turista não é tão ampla e acessível como se imaginaria em um lugar que recebe tanta gente de outros países e cujo dinheiro ajuda a movimentar a economia francesa. Por tudo isso, elaboramos uma lista com 10 dicas da França que você precisa saber antes de viajar. Porque, sim, é um país que merece todo esforço para que você o conheça, pleno de cultura, história e beleza!
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Mas também não é preciso ficar encucado. Afinal, trata-se de um país de primeiro mundo, seguro, com plena oferta de transporte, hospedagem e demais serviços – embora nem sempre para todos os bolsos. São apenas dicas da França que vão prepará-lo para coisas com a qual não estamos muito acostumados ou mesmo informações simples, como saber o clima do país e qual a melhor época do ano para viajar. Quem já foi para a Europa pode achar que vai encontrar facilmente hostels onde se hospedar por preços módicos, mas isso não é comum por lá como no resto do continente. Assim como parar qualquer pessoa na rua e pedir informações em inglês, entre outras coisas. Confira estas e outras dicas da França que vão ser uma mão na roda na sua viagem!
Dicas da França 1 – Clima (quando viajar)
A França é um país de pequena variedade climática ao longo do seu território, tendo quatro estações muito bem definidas e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. O país se divide basicamente em três áreas climáticas. Na costa oeste, banhada pelo Oceano Atlântico, o tempo normalmente é úmido e chuvoso, com verões amenos e invernos rigorosos. A principal região turística é a Normandia, onde chove em média 120 dias por ano, sendo que os meses mais molhados são os de inverno. Na estação mais fria do ano – que vai de dezembro a fevereiro – as temperaturas médias mínimas e máximas oscilam entre 1ºC e 7,5ºC. No verão – junho a agosto – de 10,5ºC a 23ºC. Já na região central da França, que inclui Paris, predomina o clima continental, cujos verões são quentes e invernos registram queda de neve.
A capital francesa e demais cidades dentro dessa região são sujeitas a variações bruscas no tempo, que podem transformar uma manhã seca de verão, com termômetro acima dos 35ºC, em um fim de tarde nublado, chuvoso e com temperatura de 10ºC. Mas, no geral, a estação mais fria do ano é rigorosa, podendo registrar queda de neve e termômetros a -10ºC quando frentes frias do Pólo Norte conseguem alcançar a região. De dezembro a fevereiro, as temperaturas médias mínimas e máximas oscilam entre 2,5ºC e 8,5ºC. No verão – junho a agosto -, chove menos, os dias ficam secos e abafados e os termômetros variam em média de 13,5ºC a 25ºC. O último clima que age no território francês é o mediterrânico, presente no sul do país. São afetados por ele as populares regiões da Provence e da Côte D’Azur.
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Nesta parte do país, os verões são ensolarados, quentes e secos, enquanto os invernos são suaves, mas sujeitos ao forte vento Mistral, que pode baixar bastante as temperaturas. A estação mais fria do ano é também a mais chuvosa, embora a cidade de Nice, por exemplo, registre apenas 60 dias por ano de chuva em média. De dezembro a fevereiro, as temperaturas médias mínimas e máximas oscilam entre 5,5ºC e 14ºC. No verão – junho a agosto -, os termômetros variam de 17,5ºC a 28ºC. Portanto, a melhor época para viajar à França vai depender do que você quer ver lá. Se a pedida forem as praias do sul, serão os meses de calor de julho e agosto, quando a temperatura pode passar de 30ºC. Se quiser ver os famosos campos de lavanda da Provence floridos de roxo, é preciso estar na região nas duas últimas semanas de julho.
Se for a neve, janeiro e fevereiro, quando ela pode ser vista nos Alpes e nas regiões ao norte do Rio Loire – raramente neva em Paris devido a alta concentração de calor das grandes cidades. Se a boa for caminhar em meio às folhas douradas que cobrem os chãos europeus sem extremos de calor ou frio, o ideal é o outono, entre setembro e outubro. Na primavera, de março a maio, os termômetros começam a passar acima dos 20ºC e as flores aparecem por todo o país. Mas, assim, como o outono, é uma época mais sujeita a dias chuvosos do que o verão, mudanças climáticas bruscas e grandes variações de temperatura entre o dia e a noite. mas com certeza estas são as duas estações ideias para quem quer evitar as multidões das férias de verão. Anote essa entre as suas dicas da França na hora de planejar a viagem!
Dicas da França 2 – Trem x ônibus
Transporte é um item que pode complicar o quanto custa viajar para França se você não tiver orçamento para embarcar sem culpa nos famosos, pontuais e confortáveis trens franceses. A rede ferroviária é ampla e você pode ir para praticamente qualquer destino turístico do país de norte a sul diretamente ou com algumas conexões aqui e ali. Além disso, muitos trechos podem ser feitos a bordo do famoso TGV, sigla para ‘train à grande vitesse’ ou trem de alta velocidade. Também chamado de trem-bala francês, ele percorre longos trajetos em pouquíssimas horas. Mas as passagens normalmente não são muito baratas e podem se tornar caríssimas se você precisar comprar muito próximo da data da viagem. Os tickets podem ser comprados no site oficial do sistema rodoviário da França até três meses antes da viagem. Quanto antes, mais barato.
Mas a alternativa mais econômica é se deslocar pelo país não é de trem e sim de ônibus, embora essa não é uma modalidade de transporte muito popular na França. Poucas empresas operam linhas e os serviços não são nenhuma ‘Brastemp’. Algumas cidades sequer têm estação rodoviária, e os coletivos saem da garagem ou de um ponto de encontro ‘x’, nem sempre em uma localização central. Os carros são comuns, sem grandes confortos, e estão sujeitos a atrasos. As empresas que mais operam trechos nacionais são a FlixBus e a Eurolines, sendo que, particularmente, gostamos muito mais da primeira do que da segunda. Você pode consultar todos os trajetos que ambas percorrem, os pontos de embarque, preços, horários e comprar passagens online nos respectivos sites da FlixBus e da Eurolines.
Embora não seja tão importante em termos de preço reservar sua passagem de ônibus com antecedência quanto a de trem, é bom tomar esta precaução se for viajar na alta temporada de verão (junho-agosto) ou na época de festas de fim de ano. Assim, evita que o coletivo já esteja lotado na hora que você decidir comprar a passagem. Note ainda que os trajetos de ônibus são sempre mais demorados que os de trem. A grande vantagem dos coletivos são realmente os preços. Para ir de trem de Paris a Tours, você vai gastar pelo menos 15 euros. De ônibus, o gasto cai para até 5 euros. Para ir de Bordeaux a Tours, são ao menos 25 euros de trem, mas apenas 5 de ônibus. De Nice para Carcassonne, as passagens de trem não saem por menos de caros 55 euros, mas podem custar apenas 20 se o deslocamento for feito de ônibus.
Dicas da França 3 – Não falam inglês?
Esta é outra das dicas da França que nós adoraríamos dizer que não passa de lenda urbana mas que, infelizmente, é verdade. Os franceses não falam inglês em sua maioria, seja porque não sabem, seja porque não gostam e ponto final. Eles aprendem a língua na escola, é claro, mas todos sabemos que inglês de colégio serve para quase nada. Por isso, principalmente no interior do país, é muito comum encontrar pessoas que não falem uma palavra de inglês. E quando sabem é tão ruim que você não consegue compreender do que estão falando. Fora isso, existe muita gente, principalmente nos grandes centros urbanos, que sabe a língua mas prefere simplesmente não usá-la.
Mesmo para falar com turistas que claramente não sabem uma palavra em francês. É difícil entender o motivo de tanta teimosia diante do fato de que o francês deixou de ser a língua universal há pelo menos um século, mas trata-se de um fator cultural e é preciso aceitar. Também não espere encontrar quem fale espanhol, mesmo que a Espanha fique logo ao lado. O que se pode fazer para minimizar isso é aprender um vocabulário básico de francês, que não é tão difícil assim visto que trata-se de uma língua latina como o português. Pelo menos o suficiente para dizer bom dia, boa noite, com licença, por favor, onde fica, quanto custa, preciso de ajuda, estou perdido, não falo francês muito bem, obrigada etc.
Ao abordar um francês, sempre fale primeiro bom dia ou boa noite, pela licença para conversar com ele e, só depois, diga que não fala francês muito bem. Isso pode ajudar bastante a suavizar a irritação deles. Se o diálogo não fluir em inglês – seja porque a pessoa não fala mesmo, seja porque está se fazendo de desentendida -, apele para o Google Tradutor do seu celular ou mostre o que você deseja no guia ou em um mapa. Se a pessoa não se mostrar disposta a ajudar, não insista e parta para a próxima. Além disso, tente procurar ajuda ou informações em locais onde todo mundo é obrigado a falar inglês, como centros de turismo, entrada de museus ou outras atrações, recepção de hotéis ou mesmo redes internacionais, como o McDonalds.
Dicas da França 4 – Uma viagem cara
Essa é aquela das dicas da França que ninguém quer te dar, mas é preciso sim preparar o bolso para fazer uma viagem até lá. Mesmo fazendo um belo esforço para gastar pouco, não é possível reduzir o quanto custa viajar para França até os patamares do orçamentos ‘padrão’ de uma viagem econômica (que é de cerca de US$ 50 por dia por pessoa). Porquê? Além de o custo de vida ser alto por lá, o transporte prioritário é o trem, como já falamos acima; não há hostels com dormitórios compartilhados por todos os lados, como acontece no restante da Europa; e há muitas atrações onde pagar entrada.
Em Paris, onde há pelo menos uma dúzia de pontos turísticos indispensáveis, o melhor é comprar o Museum Pass – leia mais abaixo -, que custa entre US$ 51 e US$ 79 dependendo do número de dias de validade (de 2 a 6). O único lugar em que ele não libera entrada é a Torre Eiffel (mais US$ 9,55). O Vale do Loire é outro lugar caríssimo de se visitar, já que todos os castelo cobram ingresso. Se você entrar em cinco, vai gastar cerca de US$ 65! Na ausência de hostels – é difícil encontrá-los fora de Paris -, a solução para ter onde ficar sem abrir um rombo na conta é buscar hotéis pequenos nas proximidades das estações ferroviárias, onde é possível ficar por cerca de US$ 50 a noite. E não deixe para pesquisar em cima da hora, ou pode não encontrar nada por um preço razoável.
Mesmo nos quartos compartilhados os preços não são muito amigáveis, ficando na casa dos US$ 30 por noite por uma cama. Alimentação também é um item caro. Embora a cozinha francesa seja a mais famosa do mundo e fique difícil resistir à tentação de prová-la nos charmosos e refinados restaurantes do país, você vai ter que abrir mão disso se quiser fazer uma viagem econômica. Uma refeição bem simples para duas pessoas na cidade medieval de Carcassonne sai por US$ 20,25. Em Paris, é possível encontrar o ‘menu du jour’ – entrada, prato principal e sobremesa – por US$ 8,50, mas fora das zonas mais turísticas. Confira a relação completa de gastos de uma viagem pela França aqui.
Dicas da França 5 – Não vá para ficar pouco tempo
Se conhecer apenas Paris em poucos dias não é fácil, imagine a França inteira… Embora não seja um país grande, há tantas atrações turísticas espalhadas por todas as suas regiões e com características tão próprias que é muito, mas muito difícil planejar uma viagem por lá com menos de 20 dias de duração. Por isso, anote esta entre as nossas dicas da França e não cruze o oceano para ficar pouco tempo. Planeje entre 20 ou mesmo 30 dias de férias para conhecer a França e suas belezas como elas merecem. Explore o país de norte a sul. Comece pelas praias da Normandia, famosas por suas falésias e também pelo desembarque aliado na Segundo Guerra Mundial.
Passe pelo menos quatro dias entre os boulevares, parques, museus e tantas outras atrações de Paris. No leste, prove a verdadeira champanhe fabricada nas caves de Reims, visite a germânica Strasbourg e esquie em Grenoble, porta de entrada para os Alpes franceses. No oeste, não perca a impressionante abadia de Mont Saint-Michel e os deliciosos vinhos de Bordeaux e Saint-Émillion. No coração da França, viaje no tempo com os castelos do Vale do Loire. No sul, conheça a cidade medieval mais bem preservada da Europa – Carcassonne -, perca-se pelos campos floridos de lavanda da Provence e passe tardes de sol nas praias da Côte D’Azur. A França é beleza que não acaba mais (confira roteiro de 20 dias aqui)!
Dicas da França 6 – Faça o Paris Museum Pass
Uma das melhores dicas da França que podemos dar aos viajantes que vão a Paris – e quem não vai??? – é para que façam o Paris Museum Pass. Trata-se de uma espécie de passaporte turístico que permite entrada em diversas atrações da capital francesa sem que você precise perder tempo nas filas de compra de ingresso. Muitas vezes, o Museum Pass dá direito também a entrada por uma fila separada da comum, o que pode agilizar ainda mais sua visita e poupar muitos minutos – ou mesmo horas – de espera. Há passes semelhantes em muitas capitais e cidades europeias, mas em Paris ele é especialmente vantajoso. Tanto pelo dinheiro que você poupa em entradas quanto pelo tempo que não perde em filas porque há muitas, realmente muitas atrações que valem a pena visitar em Paris.
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Só para que você tenha uma ideia, o Paris Museum Pass dá acesso ao Arco do Triunfo, Centro Pompidou, Museu do Quai Branly, Museu do Louvre, torres da Catedral de Notre-Dame, Panteão, Museu D’Orsay, Museu Rodin, Saint-Chapelle, Museu do Palácio de Versailles, Conciergerie etc etc etc. São mais de 50 atrações tanto em Paris como na região metropolitana. O único grande ponto turístico da capital francesa que não está incluso no passe é a Torre Eiffel (mas a gente te ensina como visitá-la aqui). Há três tipos de passes: para dois, quatro e seis dias. Eles custam 48, 62 e 74 euros, respectivamente. O funcionamento é muito simples: antes de entrar na primeira atração, você deve preencher seu nome completo e a data no verso. A partir desse momento, o Museum Pass passa a valer pelo número de dias comprado de forma consecutiva.
Não é possível pausar o uso do passe, nem dá-lo para outra pessoa se ainda estiver valendo quando você for embora. Para comprar o seu, basta procurar pelo guichê do Museum Pass em qualquer um dos monumentos que o aceitam e começar a usar ali mesmo. Ele também está a venda nos centros de informação ao turista da cidade e nos aeroportos. É possível ainda comprá-lo com antecedência via site e pedir para entregar em casa antes da sua viagem, mas isso tem um belo custo extra. A alternativa é pedir pela web e marcar a opção para retirar o passe pessoalmente no Escritório Central de Turismo de Paris (Rue des Pyramides 25). Mas não achamos que seja necessário, uma vez que é muito simples comprá-lo diretamente na hora de usar. Todas as informações que você possa precisar sobre o Paris Museum Pass estão disponíveis no site oficial.
Dicas da França 7 – Fama de mal educados
Sim, os franceses têm fama mundial de serem mal educados e de prestarem serviço ruim. Mas é preciso entender que, só porque uma coisa é diferente daquilo que estamos acostumados, não quer dizer que seja necessariamente ruim. Embora isso seja mais notável na França, na Europa como um todo existe um conceito da relação consumidor/prestador que é diferente daquele que adotamos no continente americano. Aqui bajula-se o cliente até não poder mais, o cliente tem sempre razão etc. No Velho Continente, trata-se a relação como algo mais igualitário, mais frio. Alguém presta um serviço, outra pessoa o recebe e ponto final. Sem bajulações e salamaleques. Ninguém se importa se o atendente do café te serve de mau humor, ou se quer que você escolha logo o seu pedido porque ele tem mais o que fazer. É preciso se adaptar a essa mudança.
Dito isso, vamos falar como as coisas funcionam na França. Além do já citado desgosto com quem não fala inglês, prepare-se para ser tratado com total indiferença e até mesmo certo desrespeito em restaurantes, lojas e serviços turísticos. Ninguém por lá bajula o consumidor, especialmente se ele for um turista, contra quem os franceses tem uma bela dose de impaciência pré-programada. O que se pode fazer para minimizar isso? Primeiro, acostume-se. As coisas são assim e não adianta reclamar ou xingar ninguém. Segundo, aprenda um vocabulário básico de francês, como dissemos mais acima. Terceiro, seja muito cortês e educado. Diga sempre bom dia ou boa noite – no francês não existe boa tarde – ao abordar qualquer pessoa, peça licença para falar e diga por favor depois de mencionar o que você deseja. Nenhum francês vai conversar com você sem isso. Quarto, seja muito pontual. Atrasos mesmo de minutos não são tolerados.
Se fizer isso, você vai perder sua reserva em restaurante, seu trem ou a entrada nas atrações turísticas – que fecham as portas sempre 30 minutos antes do horário final, sem choro nem vela. Quinto, tente não abordar guardas ou seguranças para pedir direções ou informações turísticas. Eles ficam extremamente irritados. Para isso, existem os centros de atendimento ao turista. Sexto, não entre em um restaurante sem saber o que você vai pedir. Há cardápios em todas as portas ou vitrines exatamente para que isso não aconteça. Evite também pedir para tirar ingredientes dos pratos, juntar mesas ou trazer temperos – na França, não se costuma pôr sal, pimenta, azeite, ketchup etc nos alimentos. E não sente em um café se você não for consumir! Note que estas são características mais observadas em Paris e no norte da França. Quanto mais para o sul você for, mais gentis e receptivos os franceses se tornam 😉
Dicas da França 8 – Água, vinho e cerveja
Essa é um das dicas da França mais simples que se pode dar, mas que vai ajudar você a economizar uns bons euros durante a sua viagem. E euro não é algo de se jogar fora, não é mesmo? Hehe. Como você já deve saber, o país é um dos maiores e mais tradicionais produtores de vinho do planeta. Denominações mundialmente famosas são produzidas apenas em solo francês, como o Bordeaux e o Borgonha, além, é claro, de ser o berço da única verdadeira champanhe do planeta. Isso significa que o preço do vinho nos restaurantes e supermercados da França é significativamente menor do que o da nossa familiar cerveja. E não apenas o custo-benefício compensa, como também o sabor.
As cervejas industriais produzidas no país – cujo mercado é predominantemente dominado pela Kronembourg e suas variações – são bem ruizinhas. Enquanto uma lata de 500 ml sai por até 2 euros nos supermercados, uma garrafa de vinho vai custar seus 3,50, ou até menos. É claro que estamos falando de marcas mais comuns, não de garrafas especiais, mas mesmo estes são deliciosos. Nos restaurantes, o vinho mais em conta costuma ser o da casa, ou ‘vin-maison’, que pode ser servido em taça ou em jarras. Se quiser provar boas cervejas na França, procure pelas artesanais, como a saborosa La Chouffe, mas prepare-se para pagar bem mais por um pint do que por uma taça de vinho. E não confunda cervejas belgas com francesas, pois existem muitas nos supermercados e restaurantes. A popular Leffe é o principal exemplo.
Sobre a água, primeiro saiba que ela é potável em toda a França e você pode beber da torneira do hotel, do banheiro dos pontos turísticos e mesmo das fontes disponíveis nos parques. Segundo, você pode pedir uma garrafa de água da torneira para beber junto com a sua refeição nos restaurantes de graça. Muitas vezes, nem é preciso pedir, já que uma garrafa costuma ficar em cima da mesa. Se for preciso solicitar, peça ‘une carrafe d’eau, s’il vous plaît’. Todo restaurante na França é obrigado a disponibilizar uma jarra de água da torneira por mesa, mas alguns adoram tentar driblar os turistas desavisados e levar água mineral, que vai ser cobrada. Se for o caso, diga não e insista na ‘carrafe d’eau’ ou ‘l’eau du robinet’, que significa água da torneira. Em francês, não em inglês, do contrário eles se farão de desentendidos.
Dicas da França 9 – Prepare-se para o Louvre
O Louvre de Paris é nada mais nada menos do que o mais importante e conceituado museu do mundo. Construído originalmente para ser uma simples fortaleza, em 1190 acabou sendo transformado em residência da família real francesa. A revolução veio e levou com elas algumas cabeças coroadas, restando ao palácio inabitado ser convertido em museu, em 1793. Hoje, ele ocupa mais de 73 mil m² onde estão em exposição nada menos do que 35.000 obras de arte. É museu que não acaba mais! Por isso, muita gente chega lá sem saber o que ver no Louvre e acaba perdendo horas e horas zanzando pelos corredores e salas sem fim até conseguir achar apenas uma ou duas peças. E acaba achando que pagar 15 euros pela entrada foi um belo desperdício de dinheiro.
O segredo para visitar o museu e não achar um porre é planejar com antecedência o que ver no Louvre. Isso é fundamental, porque o lugar é muito, mas muito grande MESMO. Pesquise na internet o que é do seu interesse e monte um ‘roteirinho’ antes de sair do hotel. No próprio site do Louvre você pode entrar na descrição de cada peça e descobrir em qual parte do prédio ela está em exibição. Na página você também encontra um mapa em português – que também está disponível em papel na entrada do museu – que mostra a distribuição das coleções pelo palácio e sinaliza onde estão as obras mais procuradas. Elas estão divididas em três alas – Richelieu, Sully e Denon – que ocupam os cinco andares do edifício, sendo três acima do chão e dois no subsolo. Cada vez que você entrar em uma ala, terá de apresentar o ingresso novamente.
Por isso, uma boa forma de organizar a visita é percorrer todas as obras de cada ala, voltando ao hall principal no fim de cada uma e partindo dali novamente para a próxima. Outra forma é dividir o percurso por andares, mas isso pode acarretar em ocasionais voltas ao hall principal para se chegar às peças pretendidas. Além da Mona Lisa – nada mais, nada menos do que a obra de arte mais famosa do mundo! -, o Louvre abriga outras pinturas primorosas de Leonardo da Vinci, uma gigantesca e impressionante coleção de arte egípcia, esculturas icônicas como a Vênus de Milo e Os Escravos, de Michelangelo; entre muitas outras peças interessantes. Para facilitar a sua vida, elaboramos uma lista com as 19 obras essenciais o que ver no Louvre e ensinamos o caminho para chegar até cada uma delas, com mapas. Confira aqui!
Dicas da França 10 – Brasileiros não precisam de visto
Por último, como sempre, a melhor das dicas da França. Brasileiros não precisam de visto para viagens a turismo, por até 90 dias, nos 26 países europeus que fazem parte do Espaço Schengen, entre eles a França. Esta é uma zona de livre circulação nas fronteiras, o que quer dizer que você só carimba o passaporte no primeiro e no último país pelo qual for passar. Não é exigido nenhum tipo de vacina. Para entrar no Schengen como turista, é preciso ter em mãos uma série de documentos para comprovar que você não está imigrando ou planejando passar mais tempo que os 90 dias permitidos.
Leve com você um passaporte válido por pelo menos seis meses, a passagem de saída do Espaço Schengen, reservas de hotéis (quem se hospeda em casa de família ou amigos deve preencher uma carta-convite própria de cada país), comprovantes de que possui renda para pagar a viagem (dinheiro, extrato dos cartões de débito ou carta do banco especificando o limite do cartão de crédito) e comprovante de que tem emprego fixo no Brasil, se for possível. Além disso, é obrigatório contratar um seguro de saúde internacional com cobertura no valor de 30 mil euros. Além de conferir a documentação do viajante, as autoridades poderão fazer uma entrevista para confirmar as informações prestadas.
*** O Escolha Viajar esteve na França em julho/2011, agosto/2015 e outubro/2017 ***