COMO CHEGAR: há voos diretos de Sydney, que duram apenas uma hora.
CLIMA: é um fator que varia muito conforme o local que você for conhecer, já que a Austrália é do tamanho de um continente. Os estados do norte geralmente têm clima quente a maior parte do tempo, enquanto os do sul têm invernos mais frios. Embora seja um dos locais mais secos do mundo e possua um grande deserto, pode chover sim, e muito, dependendo da época do ano que você viajar. Por isso, meu conselho sincero é que você pesquise exatamente como é na cidade que vai conhecer (há todas as regiões no link que coloquei no Sites de Referência). Mas sem dúvidas, minha recomendação de melhor época para conhecer o país é no verão (dezembro a março), quando se pode aproveitar ao máximo suas principais atrações: as praias. Melbourne tem uma reputação de clima instável, mas em geral ele é bem dividido, com verões quentes, primaveras e outonos amenos e agradáveis e invernos frios. A temperatura média é de 25°C no verão e de 14°C no inverno. As chuvas são maiores de maio a outubro.
FUSO HORÁRIO: são 13 horas a mais do que o horário de Brasília na região leste, onde fica a cidade descrita neste roteiro. Mas sendo um país de dimensões continentais, a Austrália possui mais dois fusos: 12h30 a mais no centro, e 11h no oeste.
DOCUMENTOS: é preciso pedir visto prévio para turismo na Austrália e também ter a vacina contra a febre amarela. Ela pode ser feita gratuitamente nos postos de saúde e é válida por dez anos, tendo que ser feita no mínimo dez dias antes da viagem. Após tomar a dose, é preciso levar o comprovante até o posto da Anvisa para que seja emitida a carteira internacional de vacinação. Já o pedido de visto é feito através do site da embaixada. É preciso preencher um formulário em inglês, pagar a taxa de solicitação (115 dólares australianos na época) e enviar toda a documentação requerida para análise. A resposta chega no seu e-mail em poucos dias (não é preciso enviar o passaporte junto, o visto é eletrônico).
HOSPEDAGEM: embora os preços de hostels na Austrália sejam bem salgados, eles costumam compensar pela localização e instalações oferecidas. É o caso do Melbourne Central YHA, que fica na avenida central da cidade – como já diz o nome – e de onde se pode conhecer a pé todas as suas principais atrações. Os quartos são confortáveis, e os banheiros gigantes e limpíssimos. Minha única ressalva para este hostel é que, na noite de sábado, havia uma festa no térreo e o barulho se espalhava por todos os andares do antigo prédio. Mas isso é algo que se vê em muitos albergues. No mais, recomendadíssimo.
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COMO SE LOCOMOVER:
Táxi – só é necessário para se locomover do e até o aeroporto.
Transporte público – se não for visitar regiões distantes da cidade, também não é preciso usar. O bonde turístico faz um passeio pela área central, mas o mesmo circuito pode ser feito a pé.
Carro – não é necessário. Além disso, como uma cidade grande, Melbourne tem seus engarrafamentos de fim de tarde.
A pé – é o melhor jeito de conhecer a parte central a turística da cidade, que não abrange uma área muito grande, embora haja boas pernadas.
ROTEIRO*:
Dia 1 – sexta, 23/03/2012
Depois de uma corrida sem precedentes do aeroporto até o centro e de parar o ônibus na esquina (sorte que ele estava preso no sinal vermelho), cheguei a Melbourne e embarquei diretamente em uma excursão para Philip Island para ver a Pinguin Parade. Consegui recuperar o fôlego nas duas horas de estrada da cidade até a ilha, mas chegando lá achei que a correria fora toda em vão pois chovia e o frio era intenso. Comprei um cobertor na loja de souvenirs e me posicionei na arquibancada construída na beira da praia para esperar os animaizinhos. O espetáculo dos minúsculos pinguins que saem do mar logo após o pôr do sol para dormir em terra é algo incrível. Nem chuva nem frio poderiam tirar a graça daquele passeio. Uma pena que não seja possível tirar fotos, para que as luzes não assustem os bandos, que chegam rápidos e tropeçando em busca de refúgio na reserva natural da ilha. Depois, é possível observá-los bem de perto nas passarelas de madeira construídas em meio ao parque. A preocupação em preservá-los sem a interferência humana é tanta que, quando um pinguim resolveu cruzar o tablado onde estávamos, fomos obrigados a parar, sob chuva torrente, e esperar o bonito passar!
Dia 2 – sábado, 24/03/2012
Definitivamente, percorrer a Great Ocean Road de carro é a melhor opção. Mas não dispondo dela (ou de carteira de motorista), o jeito foi conhecer a famosa rodovia em ônibus de excursão mesmo. Confesso que o frio de 10ºC e o dia sem um raio de sol tiraram boa parte da beleza do passeio e do meu entusiasmo. Começamos por Bell’s Beach, uma praia popular entre os surfistas encravada entre rochedos altíssimos, que proporcionam uma bela vista. Depois, Anglaise, onde fica a placa que sinaliza o início da Road. O ônibus foi descendo e subindo morros, passando por dezenas de praias e baías fascinantes, e meu humor começou a melhorar, embora ainda tiritasse de frio no fundo do ônibus. Pausa para o almoço em Apollo’s Bay, cercada de vegetação, e comi um quebab sentada em meio às dunas. À tarde, uma rápida caminhada na floresta tropical regional, onde os coalas podem ser vistos nas árvores. Um deles deu o ar da graça praticamente na altura dos nossos rostos e conseguimos fotos incríveis. Amolecida pelo ‘fator fofura’, finalmente comecei a curtir o passeio. Até porque, em seguida, chegamos ao ápice da Road: os Twelve Apostles. As formações rochosas em um milhão de tons de marrom, amarelo e vermelho que se erguem pontudas a metros da praia são realmente fascinantes, mesmo que não tenha havido tempo de descer até a praia e nem tenha ocorrido o famoso pôr do sol pelo tempo completamente encoberto. Depois, a viagem só melhorou com a presença de outras pedras erodidas em formas fascinantes, como a Loch Ard Gorge (um grande abismo entre dois rochedos que se abre para uma minúscula baía), a Bay of Islands e a London Bridge, que encerra a Great Ocean Road com chave de ouro.
Dia 3 – domingo, 25/03/2012
Finalmente, um dia para ver Melbourne. Acordei cedinho, mas o frio quase me fez desistir de sair. Coloquei todas as roupas da mala umas por cima das outras e encarei os 10ºC, não sem tomar um café quentinho antes. Primeira parada na Flinders Street Station, o belo prédio da maior estação de trens da cidades. Em seguida, a modernidade da Federation Square, que reúne restaurantes, centro de exposições e museus. Em frente, a bela St. Paul’s Cathedral. Mas, de longe, a melhor atração da cidade foi o Fitzroy Gardens, com suas flores em canteiros planejados, fontes e uma estufa tão cheia de cores e cheiros que não consegui passar menos do que uma hora lá dentro. Uma grata surpresa se comparada ao Botanic Garden, que visitei na parte da tarde e me decepcionou bastante pelo aspecto mal cuidado. Mas antes de chegar até lá, uma volta pelo Melbourne Olimpic Park, passando pelo pitoresco estádio em forma de bolas de futebol e pela Road Lover Arena, onde ocorre um dos quatro grandes torneios de tênis do mundo – o Australian Open. De lá, voltei pelas margens do Yarra River, cruzei a ponte e encontrei uma série de bares ribeirinhos, logo abaixo da Federation Square. Almoço ali, com boa ceva e um sanduíche apimentado, tudo na beira do rio e debaixo do aquecedor. Finalizei indo ao Queen Victoria Gardens (um parque pequeno e agradável, mas sem grandes atrativos), ao Shrine of Remembrance (um belo prédio construído como memorial de guerra e de onde se tem uma bela vista da cidade), e voltando pelo outro lado do Yarra River, onde encontrei um pitoresco bar que funciona ao redor do pilar de uma das pontes. O Ponyfish Island tem boa cerveja e clima animado, um ótimo lugar para aproveitar o sol que resolveu dar as caras justo nos meus últimos momentos de estadia em Melbourne.
- Tici passou 30 dias na Austrália para aperfeiçoar seu inglês, portanto esse roteiro só contempla os finais de semana, quando ela viajava para conhecer um pouco do país