Não fique surpreso se você nunca ouviu falar em Alter do Chão. Este pequeno paraíso brasileiro perdido nos confins do estado do Pará ainda não decolou como destino turístico da moda. Mas vai decolar. Esta pequena cidade de 7.000 habitantes, localizada a mais de 720 quilômetros de distância de Belém e a mais de 560 de Manaus (AM), entrou na rota do turismo mundial em 2009.
Naquele ano, ela foi eleita pelo renomado jornal britânico ‘The Guardian’ como a praia mais bonita do Brasil e chamada de Caribe da Amazônia. Isso porque trata-se de um dos destinos de praia mais sensacionais do planeta. E olha que nem tem mar nessa equação. Quem faz o papel de oceano são as águas escuras, mas sempre calmas, limpas e mornas do Rio Tapajós. Quem faz o papel de coqueiros são as árvores frondosas da Amazônia.
Quem faz o papel de peixinhos são os botos cor de rosa. Estamos falando de um lugar com clima de interior, onde a vida corre mais mansa e o estresse não é bem-vindo. Não tem trânsito, não tem fila, não tem perrengue. Não tem nem mosquito! Há apenas longos dias de calor e descanso na areia, pontuado aqui e ali por deliciosos passeios de barco e caminhadas por trechos da Floresta Amazônica. Ficou interessado em conhecer? Confira tudo no nosso…
Guia de Viagem Alter do Chão do Escolha Viajar
LIGAÇÕES TELEFÔNICAS:
DDD de Alter do Chão – 93
FUSO HORÁRIO: Horário de Brasília.
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VOLTAGEM: 110 volts.
COMO CHEGAR: Esta pequena cidade fica no estado do Pará, a 720 quilômetros de distância de Belém e a mais de 560 de Manaus (AM). Para chegar até Alter há três opções – nem vamos considerar a hipótese que alguém querer dirigir ou pegar um ônibus porque as estradas do Pará são de longe as piores do país. A primeira delas é voar até Manaus e, de lá, descer o Rio Amazonas de barco até a cidade de Santarém.
Lá, você pode pegar um táxi, ônibus de linha ou transfer para percorrer os menos de 40 quilômetros restantes até Alter. As embarcações saem do Porto de Manaus às 12h de segunda a sábado e chegam a Santarém cerca de 30 horas depois. O custo é de R$ 159. Para comprar sua passagem com antecedência, entre em contato com seu hotel ou agência de viagens e veja a possibilidade de eles fazerem isso para você, pois na internet há pouquíssima informação sobre o serviço.
A segunda opção é voar para Belém e pegar um barco para subir o Amazonas até Santarém. A viagem dura três dias e custa a partir de R$ 200. As embarcações saem sábados às 12h, quartas às 18h e terça sim, terça não às 18h. Para mais informações e reservas de passagens, consulte o site da empresa. Mas atenção: estes são barcos tradicionais da Amazônia, não são cruzeiros de turistas! As instalações são muito simples e não há grande conforto.
A maioria das pessoas que viaja neles são moradores locais, que utilizam os salões de redes para dormir porque é mais barato. Como você estará de férias, sugerimos reservar uma cabine para maior segurança e privacidade. A terceira opção é chegar a Santarém voando mesmo, seja de Brasília, Belém, Manaus ou qualquer outro aeroporto que conecte com a cidade. No nosso caso, o trajeto foi aéreo São Paulo-Belém, Belém-Santarém e transfer reservado com o hotel para o trecho terrestre Santarém-Alter do Chão.
QUANDO VIAJAR (CLIMA): O clima vai influenciar diretamente na decisão de qual época do ano você vai viajar. Isso porque o cenário muda drasticamente nessa região a cada seis meses. Alter do Chão tem apenas duas estações ao longo do ano: a seca, que vai de agosto a dezembro; e a úmida, de janeiro a julho. Durante a época de chuvas, os rios sobem até sete metros e cobrem as praias.
Capisco? Não tem praia em Alter de janeiro a julho. Ou tem muito pouca, quando a chuva dá uma trégua grande ou nos meses inicial e final da estação. Se você não está interessado em praia, pode viajar tranquilo, até porque a cidade fica vazia nessa época e os preços são mais convidativos. Além disso, é possível fazer passeios pela floresta alagada – a água pode chegar até a copa! – ou pelas comunidades ribeirinhas.
Os meses mais chuvosos são março, abril e maio. Em junho e julho as precipitações já reduzem bastante, mas os rios ainda não baixaram, o que só ocorre a partir de agosto. É quando começa a estação seca, que vai até dezembro. Não é que não chova em Alter nessa época, pois a umidade do ar é muito alta na região, mas sim que as chuvas ficam mais raras e bem esparsas. Elas chegam mais em forma de temporais, que desabam com o calor e terminam pouco depois.
Com essa redução nas precipitações, a água dos rios vai baixando cada vez mais e deixando as praias à mostra. Grandes bancos de areia que surgem nas margens e adentram o Tapajós, formando um cenário único e belíssimo. O auge da seca é o mês de novembro, quando é possível atravessar a pé para a Ilha do Amor com água pelas coxas. É na estação seca também que as flores desabrocham e que os animais mais aparecem, como os cada vez mais raros botos cor-de-rosa.
QUANTO TEMPO FICAR: A região de Alter do Chão oferece programação turística para mais de uma semana, mas sabemos que a maioria das pessoas não tem tanto tempo assim disponível. Então, sejamos objetivos: você precisa de quatro dias para fazer todos os passeios ‘obrigatórios’ na cidade e arredores. Daí para a frente, é lucro. No primeiro você conhece a Ilha do Amor e passa o dia aproveitando suas maravilhosas praias e pôr do sol.
No segundo, faz o passeio de barco do Lago Verde, que engloba os igarapés do Macaco e do Camarão, Praia do Pindobal, Ponta do Caxambu e pôr do sol na Ponta do Muretá. No terceiro, faz o passeio de barco da Ponta de Pedras, que engloba a própria Ponta de Pedras, Lago Piranha, Lagoa do Jacaré, Lago Preto e pôr do sol na Ponta do Cururu. É possível ainda incluir nesse tour o Canal do Jari ou o restaurante Casa do Saulo, mas daí fica mais caro.
No quarto e último dia, faz o passeio para a Floresta Nacional do Tapajós (Flona). Esse passeio é mais longo, pois envolve percorrer a Trilha do Piquiá, de quase 10 quilômetros, e ainda parada nas praias de Maguari, Aramanai e Cajutuba. Se tiver tempo disponível, reserve mais um ou dois dias para fazer passeios só seus, fora dos tours em grupos. Contrate um barqueiro para te levar a uma praia que tenha conhecido nos dias anteriores e gostado.
Praias de Alter do Chão:
É claro que a Ilha do Amor é a grande atração do Caribe amazônico, mas existem muitas outras praias de Alter do Chão (PA) que vale a pena conhecer. Veja 8!
⇒ Confira aqui 8 praias imperdíveis
Onde se hospedar em Alter do Chão:
Onde ficar em Alter do Chão com vista para o Rio Tapajós, localização central, boas avaliações e gastando só R$ 45 ao dia? Veja nossa sugestão de hospedagem.
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Quanto custa viajar para Alter do Chão:
Fazer turismo no Brasil é caro, e o Caribe amazônico não é exceção. Por isso, é bom preparar o bolso e conferir quanto custa viajar para Alter do Chão (PA).
⇒ Confira aqui quanto custa a viagem
Dicas de viagem para Alter do Chão:
Quando viajar, como chegar, quanto tempo ficar, como economizar, arraias e árvores gigantes (!). Veja 15 dicas de Alter do Chão essenciais para sua viagem.
⇒ Confira aqui as dicas essenciais
Roteiro de viagem em Alter do Chão:
Há muito o que fazer em Alter do Chão, então montamos roteiro completo, passo a passo e com mapas, para quem tem de 1 a 5 dias de viagem no Caribe amazônico.
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Conheça Alter do Chão em 85 fotos:
Você não precisa sair do Brasil para conhecer uma das praias mais lindas e gostosas do mundo, basta ir ao Pará! Não acredita? Veja 85 fotos de Alter do Chão!
⇒ Confira aqui 85 fotos da cidade